Não pretendo estabelecer aqui uma ordem cronológica, tampouco
classificatória, pois sensibilidade é um bicho esquisito que muda dum
dia pro outro (qualquer semelhança com o sexo feminino é mero
propósito). Assim, respeitando-a, escreverei ao sabor dos ventos
lembrantícios. Então, se hoje eles quiseram soprar nesta direção, e como
nem eu nem Paulinho da Viola nos navegamos, quem nos navega é o mar,
deixo a brisa me levar. No mais, tratar deste camarada em meu primeiro texto tem um
significado que não dá pra exprimir através de palavras (mesmo porque
elas não são vidraças, embora possam ser janelas), mas, como sou
teimoso, tentarei, por meio de outras palavras. Com vocês, o admirável:
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domingo, 29 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Crônicas Classificadas: 33) A volta do filho (de papai) pródigo ou a parábola do roqueiro burguês
Antes de qualquer coisa, é preciso enfatizar que os músicos e compositores do Brasil devem muito a Lobão, por seus tantos serviços prestados a nossa música. Isto posto, acrescento que até há bem pouco tempo eu costumava gostar dele, mesmo quando discordava. Achava-o uma
figura necessária num país onde há tanta hipocrisia. Às vezes me sentia
representado quando ele chutava o balde. E o via com olhos
condescendentes quando falava alguma groselha, no intuito de renegar Caetano, de quem sempre foi herdeiro (e até já lhe deu razão numa canção). Mas, de
uns tempos pra cá, parece que o lobo perdeu o foco, começou a falar
merda demais, defender os caras que "arrancavam umas unhazinhas" (quando
são as alheias vão assim, no diminutivo).
domingo, 22 de setembro de 2013
Grafite na Agulha: 2) "Wave" na trilha da novela da Globo
O grande cantor carioca Denilson Santos é um parceiro que adquiri
graças à internet (escrevi um pouco acerca de nossas parcerias aqui e
aqui). Não o conheço pessoalmente, mas é um camarada que exala pelas
palavras genteboíce, e saber ler palavras impressas é quase tão
infalível quanto saber ler um olhar. Denilson tem um CD lançado (Do
mundo), e está, pelo que ouvi, gravando o segundo, dedicado ao
repertório da parceira Luhli. Ele aceitou prontamente meu convite e,
antes que eu pudesse soletrar inconstitucionalissimamente, mandou-me seu
depoimento, do qual gostei muito.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Crônicas Desclassificadas: 105) Os nº 1 e os nº 2 da Fórmula 1
Nunca vi graça na Fórmula 1. Respeito os aficionados, afinal, cada um escolhe do que gostar. Há quem goste de ver dois brucutus se socando; há quem goste de ver nigerianos correndo; há quem goste de ver um camarada agitando um pano vermelho pra chamar o touro à dança; há aqueles que vibram ao acompanhar 22 marmanjos correndo atrás de uma bola no intuito de fazê-la entrar num retângulo; há quem prefira ver belas e torneadas pernas pulando pra que as mãos empurrem uma bola rumo ao outro lado de uma rede... Aliás, em se tratando de bola, há de todos os tamanhos e espessuras, e, nos diversos esportes em que ela é a protagonista, nunca há duas bolas iguais (cuidado com a conotação!). Há a de gude, a de golfe, a de pingue-pongue, a de tênis, a de beisebol, a de futebol, a de vôlei, a de basquete... Interessante, não?
domingo, 15 de setembro de 2013
Grafite na Agulha: 1) Chega de Saudade
É de uma simbologia muito grande que o primeiro relato desta coluna trate do LP Chega de Saudade,
pois, incontestavelmente, esse disco revolucionou a música não só do
Brasil, mas também do mundo! E a simbologia torna-se maior ainda pelo fato de o
texto ter sido escrito por esta figura única que é Luhli (de quem tenho o orgulho de ser parceiro), pois ela já
foi corresponsável por outra revolução musical, na condição de compositora de O Vira e Fala (ambas em
parceria com João Ricardo), dois sucessos que
marcaram uma geração e pertencentes ao histórico primeiro disco dos
Secos & Molhados. Mas a mulé é muito mais, se eu começar a falar a
respeito dela, não termino hoje. Aliás já falei, no Ninguém me Conhece;
pra ler o texto basta clicar em... Luhli! Agora chega de
por-enquantos e vamos aos finalmentes, ou melhor, ao Chega de
Saudade!
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Grafite na Agulha – Prefácio
Cada pessoa traz na bagagem da memória um mundo de vivências e acontecimentos marcantes,
e alguns deles podem ser contados também por meio de sua trilha sonora
pessoal. Acredito que, se juntarmos num CD as canções que embalaram
nossas vidas, podemos conseguir chegar a um alto grau de conhecimento
acerca de nós mesmos que nem pensávamos possuir. Foi pensando nisso que
resolvi acrescentar mais uma coluna a este blogue: Grafite na Agulha, por meio da qual pretendo contar um pouco de minha relação com os
discos que foram marcantes em minha trajetória; aliás, posso mesmo dizer
que o que sou hoje devo, em grande parte, ao que ouvi, pois tais
canções ou artistas acabaram me formando, moldando (pro bem e pro mal)
esse cara que vim a me tornar.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Joaquín Sabina en Portugués: 16) Sonekka e a versão de "Siete crisantemos"
E eis que chegamos a setembro, este mês tão homenageado em nosso cancioneiro. E no feicebuque! Por ali tá um tal de setembro pra lá, setembro pra cá... um verdadeiro setembramento! Daí que, por falar em sete (sei, sei que o mês é o nono, mas não tenho culpa se se chama setembro), resolvi começar eu também o mês com o pé bom (que varia de pessoa pra pessoa), inaugurando a segunda leva das versões sabineiras com uma canção emblemática no que se refere a esse número. E, como foi Sonekka quem inaugurou a primeira leva, convidei-o pra puxar o bloco também desta (ele indo arrasta muito folião).
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