segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Canções em Colisão: 1) Eu levo a vida ou é ela que me leva?

Tenho trabalhado muito nesta minha fase nipônica, o que me dificulta escrever com a regularidade de que gostaria. Quando as ideias pintam, rabisco rapidamente pra não esquecê-las e vou cuidar da vida até o momento em que o cansaço e a preguiça não me vencem. Reparem: estou retocando esta prosa já faz mais de um mês e não logro finalizá-la. Este prefácio, inclusive, não existia no original; entretanto, resolvi incluí-lo só pra deixar vocês a par deste parto que é o ato de escrever quando o tempo não ajuda. Entretanto, estou contente; esta nova fase tem me trazido muito aprendizado. E o que vem a seguir trata um pouco disso. Pra tal, resolvi estrear nova coluna, que se chama Canções em Colisão (aceito sugestões). Vamos a elas.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A Palavra É: 45) Espera

Por Francisco Daniel
Auri, mina que não tá no gibi, minha prima, gatinha dupiru, obra-prima de seu Mané e dona Du — cujo mais novo mano, o sagitariano Dênis, que não dá boa rima (não me condenes), quando moleque brincava de ser um calhambeque sem breque —, escolheu assim meio no breu, sem querer querendo, a palavra que ora lhes vendo... pero gratuitamente: a polivalente "espera", que sabe fazer das suas e se virar em duas. Ora submissa e passiva, dessas que não veem outra alternativa que não sofrer, se foder e ainda ver prazer em esperar pela redenção eterna... talvez depois de quebrar o pescoço mais que a perna; e ora a ativa, que, enquanto espera, é radioativa e solta elétrons na saliva, pertencente ao grupo dessa pouca gente que, enquanto espera, quase põe abaixo a esfera.