quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Esquerda, Volver: 22) Por que eu (ainda) sou Haddad

Quem me conhece pessoalmente ou pelo menos acompanha com certa regularidade meu blogue sabe que tenho sido neste espaço ferrenho crítico dos governos petistas desde que o então presidente Lula se aliou com tudo o que há de pior na política brasileira pra poder governar. Meu amigo Teju Franco, que sabe mais de política que eu e, além do mais, é bastante pragmático, tem sido um sujeito que sempre procuro ouvir — embora vez em quando discorde dele — pra entender melhor a ferramenta da governança, e saquei que em algo estamos de acordo: Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve desde... Juscelino? Vargas? A questão é que, discordando de Teju, entendo que Lula formou mais consumidores que seres pensantes. E eu, que mal compro mais que arte, comida, vestuário e birita, sempre me senti na contramão dessa "formação" de cidadão.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A Palavra É: 44) Tempo

Por Francisco Daniel
"Quem fica parado é poste." Essa genial frase do grande Zé Simão talvez resuma o que chamamos de tempo. Sim, o tempo deve ser um poste (não confundir com um post), visto que vive parado. Cazuza disse que "o tempo não para"; já eu digo que o tempo não passa. E contrariando também Pablo Milanés, que diz que "el tiempo pasa". Vale, em relação à parte do "nos vamos poniendo viejos" estou de acordo. Só discordo em relação ao tempo: o tempo (o poste) não passa. Quem passa somos nós. Aliás, se é pra ser bem sincero, e abusando dela, da sinceridade, diria mais. Acho até que o tempo não existe, não passa de uma criação do homem (como Deus?). Já entrei em muita prosa viajandona com meu bróder Élio Camalle sobre o tempo. Mas abramos um parágrafo novo.