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sábado, 23 de outubro de 2021

Meu terceiro romance em pré-venda

Arte de Francisco Daniel
Volto ao blogue mais uma vez depois de muito tempo pra divulgar meu terceiro romance, Dia de São Nunca, que já está em pré-venda (quem quiser adquiri-lo, o link é ESTE). É um momento de grande alegria por mais um sonho feito realidade, e preciso agradecer à Kotter Editorial, que foi a ponte entre o sonhar e o realizar. Deu-me grande-satisfação ver meu livro lido e avaliado como se deve, algo que eu não cria mais ser possível nestes tempos em que no Brasil notamos que parece haver mais escritores que leitores, o que torna o trabalho das editoras duplamente mais difícil. Agradecimentos feitos, queria aproveitar o momento pra falar um pouco de como surgiu o germe que desaguou nessa prosa literária.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Os Manos e as Minas: 35) Luiz Alberto Mendes, o homem que quebrava correntes

Crédito: Gabo Morales/Trëma/Trip Editora
Fico bastante irritado quando vejo alguns artistas — em sua maioria burgueses —, em atitude blasé, dissertarem sobre a inutilidade da arte. Entendo que deva ser alguma figura de linguagem, ou um jeito charmoso de dizerem que ganham seu pão se dedicando a algo que não é imprescindível na vida das pessoas; mas aí eu pergunto: não será mesmo? Pensem num mundo sem canções, sem livros, sem filmes, sem quadros e esculturas etc. etc. Pensaram? E sobretudo agora, quando estamos todos confinados, o que seria de nós se não fosse a arte? O tempo que gastamos em consumi-la ou ainda em fazê-la posso dizer que, ao contrário de ser tempo perdido, é um tempo que nos salva. Ou em que nos salvamos de fazer alguma bobagem.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Filho da preta! — na boca dos leitores (7)

Venho por esta avisar a quem interessar possa que dei o ponto final a meu segundo romance, A Confraria dos Mascarados, já faz algum tempo, porém ele não pôde ser lançado ainda porque minha mudança pro Japão veio modificar meu calendário. Espero que quando volte possa publicá-lo. Por ora, segue mais uma leva de depoimentos de leitores sobre o primeiro, Filho da preta!. E, desta feita, com um acréscimo importante. Um leitor mais sagaz terá percebido que meu livro foi dedicado a três pessoas; uma delas, no entanto, só agora, quase quatro anos depois do lançamento, encontrou tempo em sua ocupada agenda pra dedicar umas horinhas à leitura dessa minha humilde obra.

domingo, 23 de abril de 2017

PodCrê: 1) O sossegado desespero de Rica Soares

Ano passado, um amigo que trabalha com gravação de vídeos me fez uma proposta que de cara me agradou muito: transformar minha coluna Ninguém me Conhece num programa de entrevistas. Além de felicidade, também me tomou o sentimento de ter o ego massageado; só que o projeto, por razões que fugiram de minha alçada, não foi avante. Tempos depois, outro amigo, o grande Rica Soares, sugeriu-me uma coisa mais fácil de lograr: transformar esse projeto em algo mais simples, um programa de entrevistas apenas em áudio, que eu poderia hospedar em alguma dessas plataformas. Deu-me uns toques de manuseio da ferramenta e ainda por cima aceitou ser a primeira cobaia. Dessa forma, nasceu meu podcast que chistosamente chamei de PodCrê.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Os Manos e as Minas: 26) Sander Mecca, desestruturando

por Vanessa Curci
Havia algumas profissões que me deixavam encafifado. Um mecânico, por exemplo. O que levaria um cara a escolher tal profissão? Daí, depois de muito pensar, cheguei a uma resposta. O amor. Sim, o amor. Há aquelas profissões que um camarada só aceita por falta de opção. Lixeiro, por exemplo, servente de pedreiro, porteiro etc. Mas mecânico, não. Um mecânico é aquele cara que adora carros, que desde moleque sempre teve curiosidade em saber mais a respeito do funcionamento desses bichinhos que caminham sobre quatro rodas. O mecânico é o médico dos automóveis. E porque os ama. Só isso explica o sujeito ficar o dia inteiro cheirando a graxa, óleo, gasolina. Eu respeito muito um profissional que escolhe sua profissão com base no amor. E é exatamente por isso que eu respeito Sander Mecca.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Os Manos e as Minas: 25) Dylan – the answer is blowin' in the wind!

Meu caríssimo editor Marcelo Nocelli (cuja editora Reformatório acaba de ter o romance A imensidão íntima dos carneiros – de Marcelo Maluf – laureado no Prêmio São Paulo de Literatura) iniciou no facebook interessante discussão sobre a escolha de Bob Dylan como ganhador do Nobel de Literatura deste ano. Segundo ele, apesar de reconhecer a genialidade de Dylan e achar que o artista merece todos os prêmios possíveis – em se tratando de música, of course –, preferia ver um escritor – na verdadeira acepção da palavra – receber o prêmio, principalmente nestes tempos modernos em que, "cada vez mais, ser apenas escritor é cada vez menos" – frase lapidar, diga-se. Finaliza parabenizando Dylan, que "merece tudo o que conquistou" e afirmando que "prêmios são sempre discutíveis; esse também é um intento das premiações".

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Trinca de Ouro: 11) Folk na Kombi, Iris Salvagnini e Sander Mecca


Há muito se fala no fim do CD físico. Eu, que sou da época do LP, do qual, admito, tenho saudades, posto-me como voz dissonante em relação a esse assunto. Sou favorável a tudo o que apareça pra facilitar nossa vida, mas ainda defendo a bolachinha (como defendi a bolachona), nem que seja apenas por questões afetivas. Contudo, a Terra gira, a vida segue e, como diz Zé Simão, quem fica parado é poste. Por isso, escolhi desta feita, pra tirar o pó desta coluna, três parcerias minhas lançadas (por ora) em plataformas digitais. Vamos a elas:

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Entrevistando: 10) Kana & Sander Mecca no Na minha Casa

O programa Na Minha Casa, de meu mano Adolar Marin, começou 2016 com o maior gás e já de cara trouxe dois artistas muito próximos a mim, Sander Mecca (parceirão, baita intérprete, visceral, "nervoso", enfim, total em cada nota; de quebra, também um inspirado, ainda que bissextamente, compositor) e Kana (minha japa do coração, charmosa, polivalente, toda empatia, cantora de timbre peculiar e compositora originalíssima). Portanto, eu não podia deixar a ocasião passar em branco, tinha que trazê-los pra cá, pra este espaço que, de uma forma ou de outra, se irmana com o projeto de Adolar.

terça-feira, 1 de março de 2016

Notícias de Sampa: 18) Chegou o Dia de São Nunca! (30 de fevereiro)

E eis que, finalmente, chegou o Dia de São Nunca, esse santo tão poderoso, padroeiro das causas impossíveis! Aliás, pra quem crê, não há dias – nem causas – impossíveis, e o dia de hoje, este metafórico 30 de fevereiro, é exemplo disso. E vejam vocês como a arte tem o dom transformador. Dia de São Nunca (a canção) tem uma letra que resvala na autobiografia, feita após um período tenebroso, de depressão e angústia, em que seu autor/protagonista comia as migalhas do pão que o diabo amassou (as que sobraram após os cães terem se fartado, deixemos claro), depois de uma separação traumática e uma volta ao lar materno – em condições vexantes, acrescente-se. Meses depois, veio a reconciliação, que inspirou a letra.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Versão Brasileira: 3) "One More Cup of Coffee" por Sander Mecca

Tenho uma relação de longa data com a música de Bob Dylan. Lembro que meu primeiro contato com ela foi de estranheza. Tirante Blowin in the Wind, que foi amor à primeira ouvida, tudo o mais me parecia um tanto torto (então, eu só dava atenção às linhas retas...). E sua voz não ajudava; áspera, falha, esganiçada, não parecia em nada com a de Roberto Carlos, meu maior ídolo na época (tempos depois, a estranheza se repetiria com a voz de Chico Buarque, mas aí eu já estava vacinado contra os preconceitos da linha reta). Confesso que demorei pra gostar do primeiro disco que comprei dele (um the best of). Contudo, como a galera a meu redor gostava tanto do cara, fiquei ouvindo e reouvindo, tentando entender o que todos viam... aliás, ouviam de tão fascinante que eu não conseguia detectar.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ninguém me Conhece: 81) Sander Mecca, animal!

Taqueopariu! Velho, manja quando você vai num (a um) show? O quê que cê quer? Cê quer ser arrebatado! Cê quer que seu ânus vire do avesso (não, não tô me referindo à hemorroida), cê quer ficar arrepiado, cê quer gozar, cê quer que o cara (ou a mina) no palco propicie a redenção de todas as suas frustrações... Cê vai ali comprar uma hora e meia de vida, cê quer abastecer seu coração de adrenalina, de pletora, mora? Cê quer que, no mínimo, o show seja o máximo, tá ligado? Então, dia 22 último eu vi um show assim. E assado! Mas peraí, vamo' fazer um flechibeque: a ideia inicial era que seria só mais um show pra burguês ver no Tom Jazz, onde a breja é longuineque e o público é alforriado.