quarta-feira, 7 de agosto de 2019

A Palavra É: 48) Resistência

Às vezes, a gente perde a paciência (ou a elegância) e age com truculência, em outra instância; toma uma cana e manda uma banana pra geral, um "fuck you", um "tomar no cool" etc. e tal. Sim, porque a gente é humano, não tem sangue de barata, tá cansado de tirano e de psicopata travestido de chefe. Quando tudo é um blefe, não rola oferecer a outra face. E não é só questão de (falta de) classe, é que toda esperança se cansa, cedo ou tarde, e arde na fogueira dos sem eira nem beira órfãos de fé. É, quando nada mais dá pé, há que se meter a colher no caldo da História. Vitória não vem de graça, há que se pôr a mão na massa, arregaçar a manga. Pra evitar um "Brasil de tanga", vez em quando é preciso meter o louco. E achar pouco.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Grafite na Agulha: 49) O adeus a Sydney Valle + seu "Você ainda não ouviu nada!"

É, os tempos estão duros! Soube há alguns dias que mais um querido amigo e parceiro resolveu abandonar o barco antes da hora. Quem foi fazer um som do lado de lá desta feita foi Sydney Valle, o eterno Palhinha, grande guitarrista, compositor e arranjador (arranjou recentemente, inclusive, o belo trabalho da cantora Iris Salvagnini, que contou com uma canção minha e de KanaCruzeiro — no repertório; ouça aqui) com quem tive o privilégio de compor umas poucas, mas belas, canções. Aliás, ele se foi sem me dar oportunidade de lhe pagar uma dívida. Explico: como soube que sou revisor de texto, deixou em minhas mãos um esboço de um livro inédito seu, que, segundo ele, seria uma espécie de romance autobiográfico a ser lançado em vários volumes. O material que me entregou seria referente ao primeiro. Como me mudei pro Japão pouco tempo depois e minha vida virou de ponta-cabeça, acabei adiando a leitura/revisão. Demorei demais...