quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um Cearense em Cuba: Epílogo

2006
JULHO
EPÍLOGO
Domingo, 2.

Chegar ao aeroporto de Guarulhos é sempre uma felicidade (já sente-se um cheiro de pão de queijo no ar). E passar por ele é uma facilidade. Coisas de país democrático de terceiro mundo…

Do táxi, vi que os termômetros marcavam 11ºC. 


Chegamos em casa por volta das 5h da manhã. Comemoramos o fato de ela estar em ordem (nos dias atuais há que se comemorar mesmo). Dormimos e despertamos ao meio-dia. Fomos matar a saudade num restaurante mineiro, que ainda estava repleto de bandeiras brasileiras no teto, um telão e duas tevês (que transmitiam F1). Depois de repetir duas vezes a comida (e a cachaça), pensei com meus botões: “O melhor sistema político está por se inventar, a seleção brasileira não é a melhor do mundo… Mas nossa comida e nossa música são. Sem sombra de dúvida”.

Seria cruel e politicamente incorreto terminar este relato com a frase que tenho em mente, mas, se o terminasse com outra, politicamente correta, estaria sendo injusto comigo. Ei-la:

Cuba é um país cujo povo não tem voz, já o Brasil é um país cujo povo tem voz, mas não sabe usar…


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