Tenho estado com uma baita preguiça de escrever... Só de olhar a página em branco, já me entram ganas de fazer mil outras coisas que não perder meu precioso (não em termos de $) tempo vomitando palavras... Em primeiro lugar, pela falta dele, o tempo. Ando numa fase de prestação de serviço em período integral, o que me afastou da boa vagabundagem criadora de frases e versos. Em segundo lugar, porque tô me sentindo que nem o governador de Sampa, o Geraldão, que quando disputou a presidência conseguiu a façanha de ter menos votos no segundo turno que no primeiro. Assim anda meu bloguinho. Depois de uma maré boa, entrou seu sétimo ano como eu, em crise. Só que ele, de leitores. Mas não venho por esta chorar as pitangas (nem as camilas). Afinal, leitores são artigo cada vez mais raro no mercado.
Em tempos de intolerância, não há, obviamente, paciência pra leituras que não sejam as propagadoras da própria intolerância. Ou seja, o intolerante leitor vai em busca de leituras (se é que podemos chamar a isso leitura) que corroborem seu pensamento. Ele não quer ser contrariado, muito menos surpreendido. A verdade é o que ele acha que é, e só vale a pena ler os "jeniais" cronistas que tenham o bom senso de concordar com ele. Em tempos de intolerância e em terra de brucutus, só venho mesmo me dar ao trabalho de escrever por me lembrar do grande Ray Bradbury, que dizia que escrever, pra um escritor, deve ser um hábito diário. Assim, se não consigo obedecer à risca, tento pelo menos não jogar a toalha de vez. Afinal, se porque há poucos leitores deixamos de escrever, eles existirão cada vez mais em menor número.
Até mesmo os assuntos vivem uma maré ruim. Cansa-me a lerdeza tratar da censura à exposição no museu em Porto Alegre, da aposentadoria (e dos trambiques) de Janot(a), dos irmãos safadões nóis vai e nóis vem ver o sol nascer quadrado, de Lula vs. Moro parte 2 (sem falar na querida), dos mísseis do mimadinho norte-coreano, da igreja do MBL, do fogo amigo entre Doriana e Alckmista, do silêncio das panelas (outrora tão batuqueiras), do gol de braço do corintiano Jô, de cada trumpalhada de Trump, de São Paulo e seu prefeito virtual, do Rock in Rio pasteurizado, da morte daquele apresentador de jornal mundo cão cuja voz me irritava profundamente, das malas de dinheiro no bunker de Geddel, da galera que quer acabar com a Lei Rouanet pra fazer que os artistas comunistas voltem a trabalhar, do... AAAAAAHHHHHHHH!!!
Parafraseando o velho Raul, “eu acho tudo isso um saco“. Ou talvez meu humor que esteja de mau humor. Os imbecis estão vencendo esta batalha e não tô mais com idade nem saúde pra ir pra cima deles. Capaz que eu esteja naquela fase em que o homem deixa de batalhar por velhas crenças e vai cuidar da vida (a sua própria, e não a de toda a humanidade). Depois de tantos avanços, vivemos uma época de retrocessos. Pô, e justo agora, quando era minha vez de colher uns louros? Daí, quando o cidadão pagador de seus impostos exagera nas louras (geladas), vêm chamar de alcoólatra e tal. Mas também, convenhamos, depois de mais de duas décadas de ditadura (que um certo sertanejo disse não ter existido), vivemos uma brisinha tão boa quanto passageira e já voltamos pra senzala?
Aí, o velho Chico (o Buarque, esse aí, o datado) é quem ainda tem razão, pois "a gente vai tomando, que também sem a cachaça ninguém segura esse rojão". Mas, crises e birinaites à parte, ainda é bom saber que meus quixotescos parceiros continuam na eterna luta contra os moinhos. Justo agora, quando os CDs definham, eles insistem em continuar acreditando neles. Só pra citar uns mais chegados, tive o privilégio de ouvir os novos trabalhos de dois parceiros de gerações distintas, mas iguais talento e bom gosto. São eles: Augusto Teixeira e Fernando Cavallieri. Tiro o chapéu pra ambos. Além deles, os brous Gabriel de Almeida Prado e o badalado Sander Mecca também estão envolvidos na brincadeira de gravar sons. Sem falar no mano Adolar Marin, talvez o mais quixotesco de todos, pois entrou numas de gravar não um, mas dois CDs!
E, sim, senhoras e senhores, o novo disco de Chico Buarque tá muito bão! Apesar das críticas ao trovador que deixa mulher e filhos pela amante (se eu vencer a preguiça, ainda escrevo algo sobre ele). E habemus Tribalistas, com uma pegada política nas letras! Temos até um disco de inéditas de Guilherme Arantes, depois de muito tempo. E outro brou, Zeca Baleiro, pra comemorar seus 20 anos de carreira discográfica, abriu o baú e lançou digitalmente o belo Arquivo_Duetos 1, que conta com a participação de Kana e com (fato inédito em minha carreira de compositor) duas canções cuja versão é de minha autoria. A japonesa Yume No Naka He, do pop star japa Yosui Inoue, que virou O Primeiro Passo, gravada originalmente no disco Imigrante, de Kana; e a uruguaia Arenal, de Samantha Navarro, gravada originalmente em seu Volver al inicio. Fato a se comemorar.
E, pra terminar esse balaio de gatos, conto um fato que, se não é relevante, pelo menos é chistoso. Segunda-feira retrasada, a patroa me ligou pra dizer que havia perdido as chaves de casa, o que me obrigou a ter que gastar minha hora de almoço indo socorrê-la, pois ela tinha que sair também pra trabalhar, mas não queria deixar as portas abertas. Fui, levei meu molho e quando ela saiu gastei uma meia hora procurando essas benditas chaves. Debalde. Voltei pro trabalho, e à noite nos pusemos ambos a vasculhar centímetro por centímetro da casa. Quando não havia mais onde procurar, lembrei-me de São Longuinho, que já me acudira em duas ou três ocasiões. Eu e ela mandamos um recado a ele e voltamos à caça. Quase sem querer, passando pelo mesmo canto onde revirara tudo, deparei-me com uma sacola de compras recentes. Curioso, abri-a. E não é que as chaves estavam lá? Agradecemos ao santo novamente (com os três pulinhos e tal) e, de quebra, dedico a ele estas maltraçadas.
PS: E acrescento: taí um santo que sabe atender pedidos. É o (santo) cara! Tô pensando seriamente em lhe pedir pra encontrar meus leitores perdidos (risos nas entrelinhas).
Até mesmo os assuntos vivem uma maré ruim. Cansa-me a lerdeza tratar da censura à exposição no museu em Porto Alegre, da aposentadoria (e dos trambiques) de Janot(a), dos irmãos safadões nóis vai e nóis vem ver o sol nascer quadrado, de Lula vs. Moro parte 2 (sem falar na querida), dos mísseis do mimadinho norte-coreano, da igreja do MBL, do fogo amigo entre Doriana e Alckmista, do silêncio das panelas (outrora tão batuqueiras), do gol de braço do corintiano Jô, de cada trumpalhada de Trump, de São Paulo e seu prefeito virtual, do Rock in Rio pasteurizado, da morte daquele apresentador de jornal mundo cão cuja voz me irritava profundamente, das malas de dinheiro no bunker de Geddel, da galera que quer acabar com a Lei Rouanet pra fazer que os artistas comunistas voltem a trabalhar, do... AAAAAAHHHHHHHH!!!
Parafraseando o velho Raul, “eu acho tudo isso um saco“. Ou talvez meu humor que esteja de mau humor. Os imbecis estão vencendo esta batalha e não tô mais com idade nem saúde pra ir pra cima deles. Capaz que eu esteja naquela fase em que o homem deixa de batalhar por velhas crenças e vai cuidar da vida (a sua própria, e não a de toda a humanidade). Depois de tantos avanços, vivemos uma época de retrocessos. Pô, e justo agora, quando era minha vez de colher uns louros? Daí, quando o cidadão pagador de seus impostos exagera nas louras (geladas), vêm chamar de alcoólatra e tal. Mas também, convenhamos, depois de mais de duas décadas de ditadura (que um certo sertanejo disse não ter existido), vivemos uma brisinha tão boa quanto passageira e já voltamos pra senzala?
Aí, o velho Chico (o Buarque, esse aí, o datado) é quem ainda tem razão, pois "a gente vai tomando, que também sem a cachaça ninguém segura esse rojão". Mas, crises e birinaites à parte, ainda é bom saber que meus quixotescos parceiros continuam na eterna luta contra os moinhos. Justo agora, quando os CDs definham, eles insistem em continuar acreditando neles. Só pra citar uns mais chegados, tive o privilégio de ouvir os novos trabalhos de dois parceiros de gerações distintas, mas iguais talento e bom gosto. São eles: Augusto Teixeira e Fernando Cavallieri. Tiro o chapéu pra ambos. Além deles, os brous Gabriel de Almeida Prado e o badalado Sander Mecca também estão envolvidos na brincadeira de gravar sons. Sem falar no mano Adolar Marin, talvez o mais quixotesco de todos, pois entrou numas de gravar não um, mas dois CDs!
E, sim, senhoras e senhores, o novo disco de Chico Buarque tá muito bão! Apesar das críticas ao trovador que deixa mulher e filhos pela amante (se eu vencer a preguiça, ainda escrevo algo sobre ele). E habemus Tribalistas, com uma pegada política nas letras! Temos até um disco de inéditas de Guilherme Arantes, depois de muito tempo. E outro brou, Zeca Baleiro, pra comemorar seus 20 anos de carreira discográfica, abriu o baú e lançou digitalmente o belo Arquivo_Duetos 1, que conta com a participação de Kana e com (fato inédito em minha carreira de compositor) duas canções cuja versão é de minha autoria. A japonesa Yume No Naka He, do pop star japa Yosui Inoue, que virou O Primeiro Passo, gravada originalmente no disco Imigrante, de Kana; e a uruguaia Arenal, de Samantha Navarro, gravada originalmente em seu Volver al inicio. Fato a se comemorar.
E, pra terminar esse balaio de gatos, conto um fato que, se não é relevante, pelo menos é chistoso. Segunda-feira retrasada, a patroa me ligou pra dizer que havia perdido as chaves de casa, o que me obrigou a ter que gastar minha hora de almoço indo socorrê-la, pois ela tinha que sair também pra trabalhar, mas não queria deixar as portas abertas. Fui, levei meu molho e quando ela saiu gastei uma meia hora procurando essas benditas chaves. Debalde. Voltei pro trabalho, e à noite nos pusemos ambos a vasculhar centímetro por centímetro da casa. Quando não havia mais onde procurar, lembrei-me de São Longuinho, que já me acudira em duas ou três ocasiões. Eu e ela mandamos um recado a ele e voltamos à caça. Quase sem querer, passando pelo mesmo canto onde revirara tudo, deparei-me com uma sacola de compras recentes. Curioso, abri-a. E não é que as chaves estavam lá? Agradecemos ao santo novamente (com os três pulinhos e tal) e, de quebra, dedico a ele estas maltraçadas.
PS: E acrescento: taí um santo que sabe atender pedidos. É o (santo) cara! Tô pensando seriamente em lhe pedir pra encontrar meus leitores perdidos (risos nas entrelinhas).
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Não perdeu a mim como leitor não!!
ResponderExcluirTô aqui, mano parça!
Abraço
Tamo junto, Dodô!
ExcluirAbração,
Léo.