segunda-feira, 7 de março de 2022

Esquerda, Volver: 32) Mamãe, falei merda!

Fazia tempo que eu não passava por aqui, mas o assunto do momento, o áudio vazado de Arthur do Val, do canal Mamãefalei, me deu comichões e passei alguns dias lutando contra a vontade de vir escrever uns impropérios contra ele. A sorte foi que bebi pouco estes dias, então consegui "segurar a onda". Nesse meio tempo, vi muitos youtubers indignados — alguns de modo bem hipócrita —, tanto de esquerda quanto de direita, vi o próprio vídeo de desculpas de Arthur, ouvi os áudios "autovazados" de seu colega de viagem Renan Santos — que, segundo o próprio Arthur, viaja anualmente ao exterior pra fazer turismo sexual, tendo até desenvolvido técnicas que lhe facilitam "dar o bote" — e cheguei à conclusão de que praticamente todos os prismas da questão foram fartamente dissecados.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

No Embalo da Toada: 3) A vida é amuleto

Passo por aqui de novo pra dar prosseguimento à dobradinha Toada/O X do Poema. Desta vez, trago pra cá texto que escrevi sobre dois discaços. Vamos a ele. E a eles:


sábado, 23 de outubro de 2021

Meu terceiro romance em pré-venda

Arte de Francisco Daniel
Volto ao blogue mais uma vez depois de muito tempo pra divulgar meu terceiro romance, Dia de São Nunca, que já está em pré-venda (quem quiser adquiri-lo, o link é ESTE). É um momento de grande alegria por mais um sonho feito realidade, e preciso agradecer à Kotter Editorial, que foi a ponte entre o sonhar e o realizar. Deu-me grande-satisfação ver meu livro lido e avaliado como se deve, algo que eu não cria mais ser possível nestes tempos em que no Brasil notamos que parece haver mais escritores que leitores, o que torna o trabalho das editoras duplamente mais difícil. Agradecimentos feitos, queria aproveitar o momento pra falar um pouco de como surgiu o germe que desaguou nessa prosa literária.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

No Embalo da Toada: 2) O novo Gil, uma celebração da vida

Trago pra cá o primeiro texto que escrevi pro portal Toada (pra saber mais sobre o ele — o portal, não o texto —, clique aqui). Pra começar bem, escolhi escrever sobre este maravilhoso CD do velho (novo) Gilberto Gil.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

No Embalo da Toada: 1) Entrevista com Léo Nogueira

Pessoas queridas, como vão?

Embora este meu bloguinho esteja temporariamente parado, é com alegria que lhes venho trazer uma novidade: recentemente, uma querida amiga carioca, Solange Castro, que trabalha há muitos anos divulgando não só a música brasileira, mas também a boa música em geral, convidou-me pra colaborar com minhas "escrevinhanças" pra seu novo portal, o Toada (pra conhecê-lo, clique aqui). Em contrapartida, ofereceu-me um lindo site onde eu poderei organizar o que tenho feito nessas décadas de andanças musicais e literárias. Portanto, e com a autorização dela, decidi criar uma nova coluna aqui, a No Embalo da Toada, pela qual replicarei os textos originalmente publicados por lá — claro, com o devido link pra que vocês possam também desfrutar de toda a riqueza do Toada. De quebra, alimento também este meu faminto espacinho.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

O X do Poema, 11 anos

Hoje, este espacinho completa 11 anos de existência. Entretanto, não há muito o que comemorar em meio ao pandêmico pandemônico que tem nos assolado. Nestes últimos 12 meses, publiquei cerca de dez textos apenas. Quem sabe um dia eu volte a escrever com mais frequência; mas por enquanto tenho me dedicado mais à literatura, e ando mesmo um tanto taciturno, pouco presente até nas redes (antis)sociais. Bom, não devo estar fazendo falta nem lá nem cá.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Esquerda, Volver: 31) A eterna luta social (estamos só começando) — Exemplos do Japão

Ultimamente, com o agravamento da pandemia, como tenho tido oportunidade de ler e refletir muito resolvi passar por aqui de novo — e depois de longa ausência — pra resumir o resultado de algumas dessas reflexões. Como a maioria de vocês sabe, mudei-me pro Japão há poucos anos e, portanto, tenho me deslumbrado com o quão rápido este país prosperou, principalmente se pensarmos que depois do fim da Segunda Guerra não passava de uma nação dizimada, e humilhada em seus brios bélicos, sobretudo pelo fato de ter se visto submetida a suportar em seu solo pátrio a presença dominante do exército estadunidense, que fora — ele próprio — responsável pelas bombas que então haviam esfacelado Hiroshima e Nagasaki e reduzido todo o país a escombros.

terça-feira, 2 de março de 2021

PodCrê: 2) Onde é que nós estávamos mesmo?


Há cerca de quase quatro anos, e incentivado (incitado?) pelo querido Rica Soares — excepcional cantautor brasuca —, experimentei enveredar por um caminho até então novo pra mim, o de entrevistador num programa de rádio sem rádio também conhecido como podcast — daí a brincadeira que acabou virando o nome do programa: PodCrê. A experiência foi divertidíssima, mas, por uma série de fatores — inclusive minha mudança pro Japão, que então estava em curso —, não foi além do piloto. De lá pra cá, muita água passou debaixo da ponte, e no meio dessa enxurrada fui carregado pela maré que me trouxe pra Terra do Sol Nascente, onde estabeleci morada há mais de três anos.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Crônicas Classificadas: 49) Como ser um grande escritor

Enquanto no conforto de meu nipônico lar espero esta e outras vacinas — sendo estas mais improváveis que aquela —, preguiçosamente me dedicava a merecidas férias bloguísticas, período não de hibernação, mas de maturação — e um tiquim de matutagem —, coçando o dedão do pé qual compenetrado discípulo de Pantaleão, célebre personagem saída da fértil imaginação de meu patrício Chico Anysio, empanturrava-me de leituras e demais doses — e doces — que fazem mal à saúde alheia, quando, em meio a um delicioso tête-à-tête com um de meus psiquiatras prediletos — a saber: Charles Bukowski —, recebi dele não alta — porque meu tratamento é perpétuo... e pago atrasado, mas com juros —, mas uma singela dica pra quem ainda pensa nessa bobagem que é encher várias páginas em branco de palavras inúteis querendo obter sucesso, grana, glória — quiçá sexo — e outros quitutes. E, não porque sou bonzinho e quis compartilhar o segredo com vocês, mas puramente pra espanar o pó deste desafortunado blogue, resolvi trazer pra cá as as arcaicas e sempre novas dicas de Bukowski sensei.

domingo, 10 de janeiro de 2021

Esquerda, Volver: 30) Refletindo sobre a "invertida" de César

Mais uma vez, algo me vem despertar do período de hibernação bloguística. Desta feita, o tema é a resposta "pletórica" que o artista Chico César deu a um comentário de um fã em seu Instagram. Soube por um amigo, via Facebook, depois notei que o assunto se espalhara pelas redes e fiquei um tempão pensando a respeito dele, pesando os prós e contras, considerando os pesos e medidas e quetais. Por fim, ao assistir no YouTube a um vídeo de Henry Bugalho tratando também do tema (veja aqui) e principalmente depois de ler os comentários abaixo do vídeo, todos em uníssono favoráveis, me veio aquela velha comichão (é feminino; valeu, irmão!) de meter a mão em vespeiro. E aqui estou novamente, tirando o pó do blogue e arregaçando as mangas, pronto pra ser Madalena, sabedor de que lá vem pedra. Antes, vamos à nascente:

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Os manos e as minas: 39) Homenagem a Maradona... y otras cositas más


Pensei bastante antes de decidir se iria ou não escrever sobre o passamento de Maradona, visto que meu blogue anda num momento de hibernação — pois tenho me dedicado mais à literatura —, mas duas coisas me fizeram optar por vir aqui novamente compartilhar com vocês o que me bateu na cachola: 1) minha imensa admiração por este que foi um dos maiores gênios miseravelmente humanos que tivemos; e 2) uma espécie de acerto de contas com meu passado. Simbora então.


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Começo pedindo perdão pela comparação, mas minha relação com o futebol hoje é mais ou menos como a que um ex-viciado tem com seu vício, ou seja, de distância, mas com direito a momentos de recaída. Não lembro exatamente em que momento esse divórcio se deu, mas, puxando pela memória, o começo do desamor apareceu em 1995, durante as quartas de final da Copa Libertadores da América. O Palmeiras — meu time —, que havia poucos tempo saíra de uma fila de 17 anos sem títulos graças à parceria com a Parmalat, tentava então sua primeira conquista nesse campeonato. Só que, no jogo de ida, tomou uma lavada do Grêmio — não coincidentemente o mais argentino dos times brasileiros —, 5 x 0, e precisava no jogo de volta pelo menos devolver o placar pra ir pra prorrogação e pênaltis. E, logo no começo, tomou um gol. Pra resumir, conseguiu a façanha de virar e ganhar a partida por 5 x 1, mas no final meu coração já estava tão destroçado que comecei a pensar que podia me dedicar a emoções menos radicais. E isso décadas antes de saber que o abjeto Bolsonaro é também palmeirense.