Eu tenho o maior orgulho desses meus parceiros! Quando comecei este projeto não sabia ao certo se eles iam comprar a ideia, mas já de cara Sonekka me presenteou com uma maravilhosa gravação pra Más Guapa Que Cualquiera. Agora, aogrinha mesmo, acabei de receber a colaboração de Marcio Policastro em outra canção. Outra bela gravação. Esta tem uma história que vale a pena ser contada. Enviei a Policastro a versão de uma de minhas favoritas de Sabina, Y Sin Embargo. Ele curtiu, mas o tempo passou e nada aconteceu. Semana passada ele estava nas redondezas e passou em casa. Compramos umas cervejas e à queima-roupa lhe perguntei sobre a tal versão. Ele me respondeu que havia curtido, mas pesquisando no youtube encontrara outra com a qual se identificara mais:
Tan Joven Y Tan Viejo. Por incrível que pareça, embora goste muitíssimo dessa canção, já havia começado uma versão dela em duas ou três oportunidades, mas jamais havia logrado terminá-la. Assim que, motivado pela boa companhia e com o álcool trabalhando no cérebro, convidei-o a naquela hora mesma fazermos a quatro mãos a tal versão. Oito cervejas e algumas doses de conhaque depois concluímos, emocionadíssimos (em parte pelo álcool, por supuesto), Tão Velho e Tão Menino.
Tan Joven Y Tan Viejo. Por incrível que pareça, embora goste muitíssimo dessa canção, já havia começado uma versão dela em duas ou três oportunidades, mas jamais havia logrado terminá-la. Assim que, motivado pela boa companhia e com o álcool trabalhando no cérebro, convidei-o a naquela hora mesma fazermos a quatro mãos a tal versão. Oito cervejas e algumas doses de conhaque depois concluímos, emocionadíssimos (em parte pelo álcool, por supuesto), Tão Velho e Tão Menino.
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A febre sabinesca me tomou da mesma forma que a buarqueana algumas décadas atrás. Tratei de adquirir todos os CDs de Sabina que pude, e os que não pude baixei da internet. O Instituto Cervantes, que fica na avenida Paulista, do qual sou sócio, me ajudou bastante, pois lá encontrei vários CDs do flaco. Aliás, o acervo deles é muito bom, tanto em audiovisuais quanto em livros. Recomendo! Voltando a Sabina, foi por intermédio desse instituto que ouvi pela primeira vez Nos Sobran los Motivos, CD duplo e ao vivo, de 2000. E, raridade, foi um dos poucos CDs ao vivo de que gostei. Em geral acho tais CDs chatos pra caramba, mas neste encontrei registros inspiradíssimos, alguns dos quais melhores que as gravações originais, de estúdio. E foi nesse CD que ouvi pela primeira vez a dylaniana Tan Joven y Tan Viejo. Confesso que fiquei embasbacado com o lirismo dela. Tinha, inclusive, um quê de Cinema Paradiso.
Tempos depois, minha amiga Marcela trouxe da Argentina o maravilhoso Yo, Mi, Me, Contigo (1996), um dos mais inspirados CDs de Sabina. É uma pérola atrás da outra! Contigo, Y Sin Embargo, Jogar Por Jugar, Es Mentira (com participação do impagável Charly García), No Soporto el Rap (parceria com Manu Chao) e mais uma série de canções fora de série. E a última do disco é justamente Tan Joven y Tan Viejo. Pra ser bem sincero, não sei qual das duas versões me agrada mais, o que sei é que ambas são emocionantes. Assim como ficou emocionante a gravação que Policastro fez praquela que batizamos de Tão Velho e Tão Menino:
TÃO VELHO E TÃO MENINO
Na tela onde se esconde toda resignação
Batíamos nos caras, nos sonhos mais insones
Pernas de Sharon Stone, ruas de Chinatown
Então eu vi dois olhos me piscando pra vida
Me mostrando a saída pra coisas que eu nem sei
Ela me deu as chaves da cidade proibida
E eu, tudo o que não tinha, de graça, lhe entreguei
Assim cresci voando, busquei meu velho oeste
Fugi da sombra na velocidade do som
Pra rasurar meus passos, rasguei as minhas vestes
Confundi com o espaço as luzes de néon
Já no truco fiz truques pra enganar meus amigos
Na Praça do Relógio dormi como um barão
Por dizer o que penso sem pensar no que digo
Mais de um beijo me deram (e mais de um bofetão)
O que sei do ostracismo aprendi com a lua
O que sei do pecado tive que procurar
Como um ladrão entrando numa fulana nua
De cujo nome agora nem quero me lembrar
Então, nesse momento, nada de adeus, meus caros
Eu durmo nos enterros da minha geração
De dia me reinvento, de noite me escancaro
Tão velho e tão menino, like a rolling stone
A original:
TAN JOVEN Y TAN VIEJO
Lo primero que quise fue marcharme bien lejos;
En el álbum de cromos de la resignación
Pegábamos los niños que odiaban los espejos
Guantes de Rita Hayworth, calles de Nueva York
Apenas vi que un ojo me guiñaba la vida
Le pedí que a su antojo dispusiera de mí,
Ella me dió las llaves de la ciudad prohibida
Yo, todo lo que tengo, que es nada, se lo dí
Así crecí volando y volé tan deprisa
Que hasta mi propia sombra de vista me perdió,
Para borrar mis huellas destrocé mi camisa,
Confundí con estrellas las luces de neón
Hice trampas al póker, defraudé a mis amigos,
Sobre el banco de un parque dormí como un lirón;
Por decir lo que pienso sin pensar lo que digo
Más de un beso me dieron (y más de un bofetón)
Lo que sé del olvido lo aprendí de la luna,
Lo que sé del pecado lo tuve que buscar
Como un ladrón debajo de la falda de alguna
De cuyo nombre ahora no me quiero acordar
Así que, de momento, nada de adiós muchachos,
Me duermo en los entierros de mi generación;
Cada noche me invento, todavía me emborracho;
Tan joven y tan viejo, like a rolling stone
***
Parabéns, Queridíssimos PARCEIROS...
ResponderExcluirMe sinto orgulhoso!
Beijo e Luz
SUCESSO SEMPRE
TAto FIscher
Mestre Tato,
ResponderExcluirMuito obrigado!!! Eu que me sinto orgulhoso dessa parceria.
Abraços
Marcio
Poli, nossa parceria é, mais que de parceiros, de cúmplices!
ResponderExcluirTatíssimo, seu orgulho me deixa orgulhoso!
Beijão do
Léo.
Léo, eu não conhecia a música Tan joven y tan viejo,então comecei pelo vídeo para ouvi-la (grata surpresa as cenas de Os Incompreendidos, do Truffaut, um dos filmes que mais amo). A música é realmente linda, e você e o Márcio fizeram um versão tão linda quanto, com a letra muito bem situada no tempo e no espaço. Parabéns a ambos!
ResponderExcluirOi, Esther, queridona!
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado. Realmente escolhi o vídeo por causa do filme, inesquecível! E, bela percepção a sua, realmente mudamos algumas coisinhas pra trazer a letra pra nossa realidade.
Beijão do
Léo.
Caraca.
ResponderExcluirPô meu... pela primeira vez na vida tive a inveja santa de não ter escrito essa letra e/ou a versão. Não ouvi a melodia ainda, mas a letra tá de fazer arrepiar até os pelos do oríficio corrugado localizado na parte ínfero-posterior da região glútea. Parabéns, moleques.
Salve, Lindberg! E salve a inveja santa, pois foi pra ela que rezei quando ouvi muitas canções de Sabina. Por conta disso comecei este projeto, tendo a ambição de fazer em português versões que não ficassem a dever às originais.
ResponderExcluirAbração do
Léo.
muy linda!! hasta casi que me gustó Sabina, jajaja!! fuera de broma, hermosa canción aunque siempre con el tono de los "perdedores"....será eso lo que no me gusta?
ResponderExcluirabrazos!!
Marce:
ResponderExcluirLas canciones de Sabina hablan de nosotros, la gente simple, sus goces y sus dolores. Perdedores? No lo sé, lo que sé es que hoy día nadie habla de ellos (nosotros) como él.
Un besote,
Léo.