sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ninguém me Conhece: 9) O imprevisível Sonekka

Zé Edu Camargo nem deve se lembrar, mas aquela noite está clara como o dia em minha mente. Convidado por Élio Camalle, cheguei, junto com este, ao estúdio onde ele gravava seu CD Bicho Preto, e lá encontrei Celso Viáfora e o já citado Zé Edu, que, por sua vez, havia sido convidado por Celso a assistir à participação que este faria na canção Arsênico (de Camalle & Camargo), pertencente ao supracitado disco. Enquanto Celso aquecia as cordas vocais e decorava a letra e alcançava as nuances da melodia, Zé Edu, à queima-roupa, sem maiores preliminares, recitou-me: "Um cara como eu/ devia ter um calo no lugar do coração,/ devia trazer/ duas pedras na mão,/ devia cantar/ como quem cospe no chão./ Um cara como eu/ sabe do que fala/ quando diz do desamor,/ da solidão,/ da dor que não passou,/ desilusão/ de não saber onde errou./ Mas toda rasteira,/ cada tombo/ e as porradas mais doidas,/ todo susto nessa vida,/ me fazem mais forte/ e eu vou em frente,/ forjando o aço/ afiando o corte./ Eu sou duro na queda/ hardcore,/ mas não perco a ternura jamais./ Eu vou à guerra,/ mas sou de paz./ Se num soco beijo a lona,/ eu me levanto,/ e o sangue agridoce em minha boca/ é o mesmo que me aquece o coração".

1) Apocalipse (Sonekka - Ricardo Soares - Zé Edu Camargo)

Quem acabou recebendo o soco e beijando a lona fui eu. E o sangue agridoce em minha boca era um misto de emoção e inveja. Explico: Numa situação em que a letra fosse o positivo e a melodia o negativo, Sonekka seria meu negativo. A facilidade que tenho pra letrar melodias é a mesma que ele tem pra musicar letras. Ou seja, somos ambos movidos e inspirados pelo material que temos em mãos. Mas tenho que tirar o chapéu e acrescentar que, nesse quesito, Sonekka é ainda mais eficaz que eu. Sua facilidade é tanta que eu não estaria exagerando se afirmasse que ele é capaz de musicar bula de remédio. E é justamente aí, nessa facilidade, que reside também seu ponto fraco. Seus detratores (sim, eles existem), os emepebistas radicais, consideram-no um compositor menor por conta de muita balada perdida deste que ouviram (não me refiro à canção homônima de Camalle que Sonekka gravou). E aqui ajo como o advogado do diabo. Como sou um admirador crítico de sua obra e, embora tenhamos uma "brodagem" e eu seja seu camarada e parceiro de canções e empreitadas, não sou seu amigo do peito, possuo o distanciamento necessário pra analisar-lhe a obra, coisa que um Zé Edu ou um Tavito, fãs incondicionais que são, por mais belos que fossem (e são) os textos, não o lograriam.

Contudo, se minha função aqui fosse simplesmente a de atirar pedras, o texto não teria razão de ser. A questão merece um aprofundamento maior. Sonekka hoje é um compositor amadurecido, que sabe o momento de dizer não, mas tal amadurecimento se deve ao fato de ter ele durante anos dito sempre sim às infinitas letras que lhe caíam nas mãos, vindas dos mais variados rincões do Brasil... e do mundo! Letras estas que foram cobaias de seus experimentos musicais (algumas delas, minhas, confesso). Deste laboratório saíram canções sofríveis, fracas, razoáveis, legaizinhas, boas, excepcionais e até geniais (pudera, Sonekka há muito ultrapassou os três dígitos). Algumas me deram sono, outras me levaram às lágrimas. Outro ponto em comum comigo (e com Moska) é que Sonekka funciona melhor com os amigos. Daí o fato de suas melhores canções terem sido compostas em parceria com Zé Edu, Ricardo Soares, Ricardo Moreira, Gilvandro Filho, Alexandre Lemos, Zé Rodrix...


2) Mala sem Alça (Sonekka - Léo Nogueira)
Lucia Helena Corrêa

Outro calcanhar de aquiles, ainda segundo os detratores, seria o timbre, que lembraria o de Cazuza. Mas não vou cair nessa esparrela. Timbre, como nome, sexo e naturalidade (entre outras coisas), não se escolhe (embora atualmente muita coisa se possa trocar). Se a obra é relevante não vai ser o fato de o timbre lembrar o de fulano ou o de beltrano que comprometerá o resultado final. Ademais, o senso de humor do tempo tira de letra tais argumentações. Delicioso exemplo é o de Renato Russo, que, em começo de carreira, era confundido com Jerry Adriani. Anos depois seria justamente Jerry quem gravaria um disco só com sucessos de Renato (então já falecido), espantando a juventude da época, que desconhecia por completo o ídolo da Jovem Guarda.

Mais que um timbre genérico, Sonekka é um talento ímpar, uma mente criativa e polêmica (a exemplo de seu amigo-parceiro-guru Zé Rodrix), um mago da informática, um agregador de perdidas ovelhas da música, o braço direito (e o esquerdo) do Clube Caiubi (e o cérebro que alargou os horizontes deste mesmo clube ao transformá-lo numa rede virtual que ultrapassou as barreiras fronteiriças), um cara  sensível e complexo, um... Paremos por aqui, senão vira tese. Em vez disso, cometo a indiscrição de relatar um pequeno ocorrido à guisa de exemplo: certa vez, passando o réveillon na casa de Zé Rodrix, instantes depois dos fogos (ou terá sido durante?) notei que o anfitrião atendia uma chamada telefônica. Do outro lado da linha, diretamente de Santos, estava um camarada de porre, aos prantos, soltando frases como farpas, infeliz talvez pela inútil felicidade geral, pondo em xeque sua condição de vivente e criador, enfim, desafogando com o amigo mágoas que também reconheci minhas. Naquela noite, presenciando-lhe um momento de fraqueza, aprendi a respeitar (e entender um pouco) mais o ser humano do outro lado da linha. Esse cara que teve a coragem de fazer de um apelido  de tempos de escola nome artístico e que foi visionário ao se antecipar aos tempos de Google trocando-lhe o C por um duplo K, tornando-se assim único.

Desconfio das linhas retas. Por isso, fiz todo esse rodeio pra voltar ao parágrafo inicial: a letra que me recitou Zé Edu naquela noite foi a campeã de um concurso (diria mesmo um desafio) que Sonekka lançou entre os parceiros letristas pra chegar à canção-título de seu disco Agridoce. Eu, claro, fui um dos muitos concorrentes. E digo mais, até conhecer a letra do , achava a minha imbatível. Mas foi só ouvir os primeiros versos pra jogar a toalha. Ainda acho até hoje (pura dor de cotovelo) a minha melhor. Mas tenho que admitir que a do era a perfeita tradução do que Sonekka queria, ao passo que a que compus (em parceria com Camalle) se prestava a outra coisa. Zé Edu, como um bom amigo de fé, irmão camarada, decifrara o parceiro.

3) Fragmentos Intactos (Sonekka - Alexandre Lemos)
Lis Rodrigues

Mas é esse o ponto. Em meus textos anteriores procurei nas canções dos homenageados material que os sintetizasse e servisse de título pra coluna. Porém, no caso de Sonekka, não achei nem em Agridoce nem em outra canção sua a frase (ou a palavra) que buscava. A palavra que encontrei não consta de seu repertório: imprevisível! Sonekka é meio como os versos da canção O Quereres, de Caetano, que dizem que onde queres isso sou aquilo. Ah, que bruta é a flor deste querer, que quer catalogar o incatalogável, que quer exigir que o compositor componha assim e assado, que vá por este e não por aquele caminho, apenas porque é de bom-tom. Sonekka não é esse tipo de compositor. Goste-se ou não dele. Os caminhos, ele escolheu todos. As opções, idem. As canções, preferiu fazê-las de brincadeira, errando e acertando, pois assim podia se revelar tal como era e construir o que se tornou. Os parceiros, preferiu também escolher todos, e deixar que a verdade transparecesse no resultado das canções. As boas sobreviveriam. As outras teriam tido pelo menos a oportunidade de não ser vítimas de sumário aborto. O importante é que sabe escolher as que entram em seus discos. Bem lá no fundo, acho que quanto melhor a letra que lhe cai nas mãos melhor a canção que nos chega aos ouvidos (e ao coração). Deixemos o rapaz brincar. Será isso, afinal, tão imprevisível assim?

***

Sonekka também está no Caiubi.

***


***

54 comentários:

  1. Que belo texto e que linda homenagem. Parabéns aos dois.
    Abraço.

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  2. Léo,
    Outro dia vim passear aqui e levei um susto: o blog havia sumido. Fiquei "ultrapassado"!
    Agora, ao ler mais este seu olhar a respeito de um "belo poema humano", tiro mais uma vez o chapéu para a intensidade de seu olhar e transposição para escrita, e ao "belo poema humano" que é o Sonekka, El Vingador del Presente, figura que como músico e pessoa se apresenta como um choque suave naquilo que merece um Agridoce.
    Mais uma vez feliz pela leitura, te dou meus parabéns! (E mando um abraço pro querido Sonk).
    érico

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  3. Pronto. Solucionado o X do Poema. Parabéns ao autor do texto e ao homenageado.

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  4. Eu fiquei orgulhosíssimo, tanto com os elogios qanto com as críticas. Jamais pensei em fazer uma musica à prova de críticas. Fazer msuica é apenas o grande sonho da minha vida e ja estou quase decifrando a tal de vida:
    VIDA: A gente pode estar apenas aprendendo para realmente viver depois que isso aqui acabar.

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  5. Desejo as boas vindas aos camaradas Walter e AC, convidando-os a voltarem sempre e agradecendo pelas palavras. Já ao amigo Érico, reitero o prazer de ter sua visita e o afago no ego que é ler seus comentários.

    Um forte abraço a todos,
    Léo.

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  6. Salve, Sonk!

    Cara, você sabe que eu o tenho na mais alta conta, pela pessoa e pelo artista. Por isso mesmo não poupo minha sinceridade. Mesmo porque seu "lado A" (e grande parte de seu "lado B") dá de dez na maioria do que recebe elogios da crítica paga hoje em dia.

    Abração e força, mano,
    Léo.

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  7. Salve, Leandro!

    Grato pela visita e pelas palavras.

    Um abraço do
    Leonardo (hehe!).

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  8. muito bom o texto, muito bem escrito e sei que é dificil,pois também escrevo... estou muito contente de participar do clube ,e ,poder aprender coisas que não imaginava existirem aqui!

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  9. Bem-vindo, Paulinho! Se aprochegue e aproveite pra divulgar aqui também seus escritos.

    Abração do
    Léo.

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  10. Putz!
    Léo... Ler seus textos dá uma "inveja da boa"... ou "inveja produtiva"..rs
    Ainda mais quando fala dos "bródi"...
    Putabraço Léo... Putabraço Sonekka...

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  11. Léo, que belo depoimento! Gosto da transparência, da verdade que passa através das palavras. E Sonekka é merecedor desta e de muitas outras homenagens.
    Parabéns aos dois. Bravo!

    Abraços

    Márcia

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  12. Bem-vinda, Márcia. Agradeço pelas palavras. Volte sempre.

    Moreirinha, fique sabendo que a inveja é mola propulsora de muita criação boa que lemos/vemos/ouvimos por aí. Eu mesmo sou um invejoso nato!

    Abração (de um invejoso pra outro),
    Léo.

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  13. E tem coisa melhor do que o Léo - sempre tão gostoso de ler - falando do Sonekka, meu ´sei-lá-o-quê?!? Tem, sim: ouvir suas composições em parceria.
    Vocês já fizeram isso hoje?
    Beijins,
    Nana.

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  14. Oi, Nana! Melhor que tudo é ler você por aqui!

    Excepcionalmente hoje não fiz uma parceria com o Sonekka (hahaha!!!), mas desse mês não passa.

    Beijos m-musicais do
    Léo.

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  15. Sensacional, Léo! O texto e o retrato pintado com fidelidade e sensibilidade desse "anão" 'zangado' e 'feliz' que aprendemos a respeitar e admirar. No meu caso, e aproveitando o gancho do seu texto, incondicionalmente.
    Grande abraço e parabéns pelo blog!
    Gilvandro Filho - Gil

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  16. Aprendi a gostar do Sonekka sem nunca tê-lo visto, justamente por essa deliciosa característica que tão bem soubeste descrever: a imprevisibilidade. Sempre que eu pensava que ele diria uma coisa, ele dizia exatamente o contrário, ou até o que eu nem imaginaria que ele dissesse, e não porque queira ser do contra, mas porque ele é assim: imprevisível. Deliciosamente imprevisível. Obrigada pelo linto texto.
    Beijo,
    Gabriela Brabo

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  17. Lindo texto! Merecidos elogios,na minha opinião de companheira que há 20 anos observa de perto sua dedicação, força de vontade, amor pelo que faz...Torço pelo seu sucesso e vibro por cada vitória!
    beijo
    Cris

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  18. Léo,
    Como sempre é uma delicia ler teus textos. Eles nos viciam como aqueles livros que começamos e nao queremos parar mais de ler.

    Parabéns mais uma vez.

    Abs

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  19. Oi, Leo
    Memorável texto sobre o Sonekka e sua música. Conheço pouco do cara, mas já sou fã de carteirinha.n Tb estou virando fã do seu blog.
    Grande abraço.

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  20. Gilvandro: me deves uma parceria! Teu comentário engrandece este cortiço das palavras!

    Gabi: eu que te agradeço pela visita e pelos elogios.
    P.S. Ainda não viste esse bicho?

    Cristina: 20 anos? Como suportaste? Hahaha!!!

    Pedro: se te estás viciando, é sinal que as doses gratuitas foram certeiras. Doravante cobrarei. Hahah!

    Cardo: agradeço a visita e as palavras. Qualquer hora irei aí dar-te um abraço pessoalmente.

    Beijos gerais do
    Léo.

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  21. Pois é, criar sempre exige movimento e o Sonekka impulsionou e impulsiona uma das mais criativas redes sociais do momento, além de ser um compositor que não tem limites para a sua criatividade.
    Por conta de uma das muitas idéias do citado compositor, que uso como ferramenta de expansão criativa e divulgação do meu trabalho e também origem do motivo pelo qual estou lendo este blog, muitas relações foram e continuam sendo construídas. E, acredite Léo, eu também sou parceiro do brou...
    A cria se chama "Pavana para uma vida breve".
    Então, que tal nos tornarmos também parceiros e multiplicarmos a imprevisível rede criada pelo Sonekka?
    Saúde!

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  22. Muito legal. Muito legal mesmo!

    :-)

    Veleiro

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  23. Cláudio:

    Convite aceito. Mande uma melodia pra mim. Nos falamos no site do caiubi.

    Sergim, muito bom te ler por perto.

    Abraços do
    Léo.

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  24. Olá!!
    Obrigada por me ensinar tanto com seu texto. Imperecível e comovente.
    Parabéns ao autor e ao Sonekka por ser a fonte inspiradora desta pérola.
    Beijo aos dois,

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  25. Texto primoroso. Sincero. Eloquente.AcreDoce. Mais doce que acre. Cada vsz mais me delicio com os seres humanos. Como é bom ter amigos assim.
    Amigos que nos fazem chorar.

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  26. Lucinda, Rolan, salve!
    Dá gosto de ler comentários como os de vocês. motivam a gente a escrever mais e melhor.

    Voltem sempre!

    Beijos do
    Léo.

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  27. A cada dia eu admiro mais o Sonekka, pela humildade e sabedoria, principalmente! Na música? Lógico! Estou gravando músicas dele... rs
    Parabéns pra você pelo texto e pro Sonekka!
    Beijos!
    Danny.

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  28. Gracias, Danny!

    E, olha, o texto do Sonekka é, até agora, o campeão disparado de comentários no meu blog. Acho que vou escrever uma parte 2. Hahaha!!!

    Beijão do
    Léo.

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  29. É, eu estou percebendo! Caramba!
    Mas é isso: carisma é carisma. Para poucos!
    Beijos!

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  30. Viu só? Tá me devendo uma cerveja... Ou será que sou eu que tô te devendo uma?

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  31. Grande texto, Léo! Pô, qualquer dia te conto o meu lado de como nasceu Agridoce, com preâmbulos e entrementes. Foi uma história bem bacana. Concordo aqui em grau, gênero e quiantidade com o que você escreveu sobre o Snkk. E depois coloca aqui sua letra! Virou música também, afinal?
    abração, parceiro.

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  32. Fala, Zedu! Você por aqui, mano? Que honra! Conta aí a sua história do Agridoce que eu posto aqui. Quanto à minha letra, tá esperando a vez ainda. Quando rolar eu aviso.

    Abração, brou!
    Léo.

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  33. É...imprevisivel, ora amigo, ora nem sei mas nem por isso deixa de ser um cara simplismente Genial!!! bj

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  34. Comentário temporão... Cê tava viajando, nêga?

    Beijos saudosos do
    Léo.

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  35. Tendo Sonekka, já seria um ótimo blog. Mas já conhecia o X e gosto bastante.

    Um abraço
    Tommy
    http://cinemagia.wordpress.com/
    http://musicamagia.wordpress.com/

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  36. Grato pela visita, Tommy. Vou lá retribuir em breve.

    Abração do
    Léo.

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  37. Léo parceiro Nogueira,

    Os citados Zé Edu, Tavito, Élio Camalle, Celso Viáfora, Ricardo Moreira, Ricardo Soares, Alexandre Lemos e Zé Rodrix... são maravilhosos, mas, confesso, a 'minha primeira vez' foi com o Sonekka. O cara gentilmente me fez sentir o gosto da canção. Foi minha primeira parceria: TUDO OU NADA. Aqui em casa somos fãs do cantor e compositor Sonekka.

    Beijos,
    Nilton

    em tempo:
    Alexandre Lemos: temos uma parceria que me deixa também muito feliz.

    Léo Nogueira: temos outras, que melhorou meu currículo de poeta que tenta duramente ser também letrista. E temos uma grande novidade para esses dias.

    Zé Rodrix: Um dia o ZRX ligou aqui em casa e me disse "brother, quero essa letra pra mim 'Três Pessoas e Uma Esquina'; tenho a melodia que vai servir direitinho".
    Respondi: Zé, faz 15 minutos que o Rafael Iasi pediu a letra e eu já confirmei pra ele.
    Conclusão: O 'Rafa parceiro Iasi' nunca fez essa canção e eu fiquei com o gostinho da quase-parceria com o ZRX. rsrsrs

    .'.

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  38. Grande Bustamante!!!

    Que bom ter por aqui sua chegada temporã!

    Verdade que a primeira vez a gente nunca esquece (hehe!). Também tenho uma história parecida com o Zé. No meu caso ele chegou a fazer, mas foi embora sem me mostrar... e acho que sem deixar nenhum registro...

    É a vida. Continuemos pois, enquanto estamos por aqui nesse mundão de meu Deus!!!

    Grande abraço do
    Léo.

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  39. Este comentário foi removido pelo autor.

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  40. Belíssimo texto Léo! Merecidíssimo Sonekka!
    Abraço
    Márcio Celi

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  41. Como sou extremamente sensível, cheguei às lágrimas diante desta homenagem.
    Resta-me parabenizar aos dois, ambos são maravilhosos naquilo que fazem e merecem nosso carinho, respeito e admiração.
    E olhe, Sonekka... talvez você não saiba o quanto admiro a sua obra... Abraço, meu amigo...

    Meimei Corrêa

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  42. belíssimo texto, belíssima e justificada homenagem. Palmas pra ambos.
    Raymundo Rolim - Curitiba PR

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  43. Meimei, Raymundo, salve!

    Grato pela visita e pelos comentários!

    Abração do
    Léo.

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  44. Conheci o Sonekka no momento em que ele entrou no FAMPOP. Na época, achei oportuno fazer a matéria, pois há pouco tempo eu participava do CAIUBI e foi naquele dia , em que ele dizia ser "um dia feliz" que eu percebi que ele tinha muito a dizer e acompanhei sua trajetória. Hoje é um dos que levaram o prêmio do FAMPOP para casa. Merecida a homenagem... Somos parceiros de uma só composição, melodia que ele gostou muito e eu pedi que colocasse a letra e ele o fez. Ainda bem que foi na época em que ele dizia sim, risos...! Merecida a homenagem...! Parabéns a você Léo e ao Sonekka.

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  45. Muito bom texto. Léo é sublime, quando escreve. Seus textos dizem muitas verdades. Quem brinca na vida, é mais criativo. Sonekka tem varias vertentes, encanta-se e encanta com o seu trabalho e dos parceiros que o encantou.
    Parabéns aos dois pelo trabalho que vem fazendo.
    bisous carinhoso

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  46. Marta, Célia:

    Tô com vocês e não abro! Só tenho a agradecer.

    Beijão do
    Léo.

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  47. Uma definição quase completa de como deve ser um compositor. afina, o que se leu foi apenas uma das muitas histórias que nosso compositor Sonekka deve
    ter vivido.
    Assim é a vida dos musicos.
    Nei Valter.

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  48. Salve, Nei Valter!

    Grato pela visita e pelo comentário!

    Abração do
    Léo.

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  49. Muito lindo e belo escrito texto. Sonekka é tudo isso, qualquer dia desse vai criar um estilo proprio, de tanta intimidade com as notas. E uma das coisas que o Sonekka faz e inclusive facilitou as condições para que todos façam, a parceria. Cada ser tem sua expressão, mas uma vez compartilhada, sempre acrescenta algo do outro em si mesmo e vice-versa e é assim que ampliamos mais a intuição, a criatividade e a nossa visão sobre a vida.
    Então até podemos dizer que Sonekka não dorme no ponto. Ele descansa na felicidade de fazer amigos. Parabéns ao Sonekka e todos os seus parceiros.

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    1. Grato pelas palavras, Célia!

      Só um detalhe: Sonekka tem, sim, estilo. É um fazedor de hits de primeira. Versatilidade não é falta de estilo.

      Beijão do
      Léo.

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