sábado, 28 de junho de 2014

Crônicas Desclassificadas: 133) Considerações sobre o Brasil nesta Copa

Sempre ouvi dizer que quem não se dá o respeito não merece ser respeitado. Este, infelizmente, tem sido o caso do Brasil. Ou, melhor dizendo, de certa parcela da população brasileira. As manifestações Brasil afora são sintomas de uma descrença geral. E eu até entendo os porquês de tal sentimento, contudo, acredito ainda em nosso país. Não a ponto de ser cego a seus problemas, mas o suficiente pra enxergar também os aspectos positivos. Muito da descrença vem da desinformação, que gera baixa autoestima e críticas exageradas, como se só aqui acontecesse isso ou aquilo. Se analisarmos, podemos facilmente chegar à conclusão de que, tirante uma ou outra peculiaridade, não somos muito diferentes do resto do planeta. 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Os Manos e as Minas: 14) Esse cara é o Paulo Cesar de Araújo

Existe no mundo todo tipo de leitor, desde aqueles com gosto mais apurado, até os consumidores de autoajuda, passando pelas moçoilas que preferem tons mais acinzentados ou vampiros românticos, pelos aficionados por ficção científica, ou filosofia, ou religião... Sem falar em leitoras de revistas de fofocas ou aqueles camaradas que abrem o jornal só na página de esportes... Pra mim, pra ser sincero, creio que o ato de ler, por si só, deve ser aplaudido e incentivado. Ler é como subir uma longa escadaria: começa-se pelo degrau mais baixo e vai-se galgando degrau a degrau até a chegada ao topo. É verdade que de vez em quando bate o cansaço, daí alguns estacionam, ou mesmo retrocedem um pouco, mas tudo é válido. O mais triste é não ler. O "cara" que não lê é sempre mais facilmente manipulado... nem que seja apenas por sua própria ignorância.

domingo, 22 de junho de 2014

Grafite na Agulha: 27) Resenha – CD Benedito, de Jonathan Silva

O texto deste Grafite na Agulha foi escrito por minha amiga Nelmar Rocha, que é jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e pós-graduada em Canção Popular: Criação, Produção Musical e Performance pela Faculdade Santa Marcelina (SP). E a mulher gosta de estudar mesmo. Além disso, também é graduada em Letras pela Faculdade Metodista, de São Bernardo do Campo. Falô? Ah, aliás, ela é uma apaixonada por música. Tanto, que escreve semanalmente o boletim eletrônico Dicas Musicais, com entrevistas, reportagens, agendas e eventos ligados à música; no início dos anos 2000, produziu e fez os roteiros do programa MPB Sempre, vinculado na Rádio USP; e, eventualmente, participa de programas de rádio falando sobre canções e seus autores. Ao texto, pois:

terça-feira, 17 de junho de 2014

Crônicas Desclassificadas: 132) O que penso sobre os que mandaram Dilma tomar naquele lugar

A situação no Brasil anda tensa. Manifestações pelos quatro cantos, uma galerinha mais afoita promovendo quebra-quebras, ônibus sendo incendiados, nego sendo acorrentado a poste etc. Muitas dessas situações têm sido inflamadas via redes sociais, onde o neobrasileiro vem pondo as garras de fora. Já faz parte do folclore um tempo em que o brasileiro era considerado um povo pacífico e alegre. Corrijo-me: alegre, a maioria ainda é. O Carnaval continua colorido e festivo, as torcidas nas arquibancadas seguem oferecendo um espetáculo à parte... Pensando bem, o povo continua povo. Aqueles sujeitos que madrugam, trabalham o dia inteiro, tomam uma (ou duas, ou mais...) após a jornada, torcem por seu clube, fazem amor com a patroa, garantindo a continuidade da mão de obra barata futura, e deitam cedo, merecedores do sono dos justos... esses continuam os mesmos. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Entrevistando: 7) Kana (por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa)

Neste sábado, 14 de junho, Kana fará um show dentro do projeto Show da Maria. A título de divulgação, aproveito pra publicar nO X do Poema entrevista recente concedida pela artista a Antonio Carlos, da Ritmo Melodia (originalmente publicada aqui). Sem mais, vamos a ela:

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Crônicas Desclassificadas: 131) 1958 – o ano do descobrimento

A Copa que começa nesta quinta já tem seu grande vilão: a Fifa. Tirante esta, o outro grande vilão, pelo que ando lendo, é o Governo. Manifestantes Brasil afora gritam que não vai ter Copa, que precisam de melhores escolas, hospitais etc. Daí eu fico pensando naquele famoso ditado que diz que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Em primeiro lugar, não me lembro de ninguém se manifestando contrariamente à Copa no Brasil quando nosso país foi escolhido pra ser a sede desta edição copeira. Efeito retardado? Demorou pra cair a ficha? Em segundo lugar, noto que há certo tom político em tais manifestações, mas esses desavisados manifestantes esquecem que, fosse qual fosse o presidente eleito, nenhum deles iria se declarar contrário à realização desta no Brasil.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Crônicas Desclassificadas: 130) Japão, dez anos depois

Dez anos depois, lá estava eu de novo na Terra do Sol Nascente. Rapá, mas que emoção! Como é bom matar as saudades desse país que representa tanto pra mim! Ao sair do aeroporto e pisar o pé na rua, surpresa: em pleno fim de primavera, deparei-me com um céu nublado e os termômetros lá embaixo. Deu a impressão de que tinha voltado pra São Paulo. Já no ônibus que nos levava pra Chiba (Kana estava também, naturalmente), dou uma pescoçada pra fora e vejo uma bela balzaca dirigindo um caminhão(!). Fiquei tão embasbacado, que ela me viu e lançou um não menos belo sorriso, sem saber, me dando as boas-(re)vindas. Em pouco tempo, já estava tão familiarizado, que parecia que tinha estado lá uma semana antes. 

domingo, 1 de junho de 2014

Grafite na Agulha: 26) Com Élio Camalle, antes e depois do fim do mundo

Um CD não é apenas o que vai dentro da caixinha; sobretudo hoje em dia, é mais o que vai ao redor do disquinho. Afinal, dentro deste há apenas música, e música, convenhamos, podemos encontrar em qualquer monstrenguinho modernoso: iPod, pen drive, iPhone, celular, netbook etc. Já no CD há muito mais que isso: há capa, fotos, encarte, letras, arte gráfica, nomes de autores, músicos, arranjadores, editoras, fotógrafos... e há, nas entrelinhas, história! As canções que estão dentro do disquinho envolto em papelão ou acrílico estão ali reunidas porque fazem parte de um enredo, são membros de uma família cujo nome vai estampado na capa. E é sobre a história de uma dessas famílias que vim aqui tratar hoje. Uma família chamada Antes e Depois do Fim do Mundo.