terça-feira, 25 de novembro de 2014

Crônicas Desclassificadas: 153) A responsabilidade de Chico Buarque... e a de cada um de nós

Ponha-se no lugar de Chico Buarque. Não deve ser fácil estar em sua pele 24 horas por dia. Por onde vai, é seguido por olhares, flashes, cliques, cochichos, suspiros, sem contar os malas que o abordam pra pedir isso ou aquilo. Já houve até casos em entrevistas em que ele ouviu a fatídica pergunta: "Como é ser Chico Buarque 24 horas por dia?" Ora, bolas, não tem o que perguntar, vá pesquisar o entrevistado, pô! Afinal, de Chico Buarque ao padeiro da esquina, cada indivíduo está pra lá de acostumado a ser ele próprio durante todas as horas de seu dia. Quer dizer, há exceções, principalmente se você trabalha numa empresa em que precisa pôr uma máscara, virar personagem pra ascender. Mas isso é questão de foro íntimo; cada um sabe de suas ambições profissionais. Voltemos a Chico.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Canções que Amo: 2) Álvaro Cueva; Juca Novaes + Eduardo Santhana; e Paulinho Moska + Chico César

1) BOSCONEANA

Canabi Emotiva (2005)
Existem canções que já nascem clássicas. Basta que nos deparemos com elas pela primeira vez e temos certeza de que as havíamos escutado antes, tão familiares nos soam. Parecem que sempre estiveram no ar, ao alcance da mão, em nosso imaginário; tanto que, quando um compositor invejoso as ouve pela primeira vez, se rói por não ter pensado nelas antes. Parecem simples, mas apenas depois de compostas; por isso, paradoxalmente, são as mais originais, pois podem ser até copiadas, mas não superadas. Nessa rara seleção de canções incluo o chiquérrimo bolero Bosconeana (de meu mano Álvaro Cueva), cujo lirismo da poesia baila harmonicamente com a beleza da melodia. Uma canção que, se já era irretocável quando executada em voz e violão, depois de arranjada (pelo irmão de Álvaro, Alê Cueva) virou uma obra de arte.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Crônicas Desclassificadas: 152) Nós não vamos pagar nada ou Não basta mais ser VIP...

Não basta mais ser VIP. Agora o sujeito tem que ser V-VIP (Very-VIP). O que chega a ser uma redundância, visto que VIP, que vem do ingrêis, significa Very Important Person. 'Xa ver se eu entendi. Quer dizer que agora temos as pessoas muito-muito importantes, que são aquelas tão, mas tããããão importantes, que não admitem sequer dividir o mesmo espaço com aquelas outras, a gentalha que é só muito importante. Elas precisam de um espaço com um V a mais, um "pico" reservadíssimo, um olimpo onde só se dirigirão a outros VV, seus iguais. Bem, antes de continuar, preciso dizer que só soube que existe um espaço assim tão precioso dia desses, ao passar os olhos por uma dessas colunas tão importantes do jornalismo brasuca dedicadas a essa gente tão importante que entra sem pagar em jogos da Copa e outros eventos tops.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Canções que Amo: 1) Adolar Marin; Rafael Alterio + Kléber Albuquerque; e Sonekka + Ricardo Soares + Zé Edu Camargo

Acabado o arranca-rabo eleitoral, serei cavalheiro ao menos esta vez e não tripudiarei sobre os derrotados (se bem que essa passeata que houve na Paulista pró-ditadura era digna de umas considerações, mas posterguemo-las). Virando a página, pois, venho por esta dizer que ora inauguro nova coluna em meu bloguinho, esta dedicada a canções que, como bem diz o nome, amo. Mas vou me empenhar pra fugir do lugar-comum e procurar trazer novidades, lados B, enfim, canções menos conhecidas do grande público. A ideia é que esta coluna seja uma espécie mais focada de Grafite na Agulha, ou seja, com a agulha direcionada mais especificamente às canções que a discos como um todo. E, a exemplo da Trinca de Copas e da de Ouro, sempre de três em três. Simbora!