quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Joaquín Sabina en Portugués: 10) Clarisse Grova e a versão de "Noches de boda"

Em meu texto anterior, escrito às vésperas do Natal, tratei de suicídio. Algumas pessoas mais sensíveis podem ter se sentido chocadas ou achado de mau gosto numa época tradicionalmente de esperança abordar tal tema. É, admito que peguei pesado, mas não consegui deixar passar batido o suicídio de uma pessoa que, se não era minha amiga, era ao menos bem próxima. No mais, mau gosto teve ela quando escolheu se matar nessa época, eu apenas optei pela "morte em literatura".

Desculpem, mas o Natal tem o poder de me deixar triste, deprimido mesmo algumas vezes. Em contrapartida, gosto do Ano-Novo. Por isso resolvi maneirar nas tintas e tratar de assunto mais leve.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Crônicas Desclassificadas: 28) De Natal e suicidas

Adolescente, tímido e cheio de complexos, flertei ligeiramente com o suicídio. Digo ligeiramente porque, covarde como sempre fui, não pude chegar às vias de fato. Conformei-me com o seguinte paliativo: eu teria a vida inteira pra resolver meus "grilos" e, se em algum momento esta (a vida) me enchesse o saco, sempre haveria a possibilidade do suicídio pra me livrar do sofrimento. O tempo passou, cresci (não muito - nos dois sentidos) e afastei por completo tal ideia de minha mente. Preferi ocupá-la com drogas mais inofensivas. Contudo, na condição de tema, o suicídio sempre me pareceu intrigante.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Crônicas Desclassificadas: 27) Tempo de Sócrates

O trem segue a quase 300 km por hora (menos, né?), como diria Roberto Carlos, e eu aqui, dentro dele, como Jonas dentro da baleia, pus-me a filosofar vendo a paisagem espanhola. Quão fugaz é a vida! E corre tão rápido quanto este trem. Só que, diferentemente deste, cuja parada final é Madri, a última parada da vida é uma estação desconhecida onde, embora saibamos ser inevitável, nenhum de nós quer chegar. E, se Madri é uma cidade charmosa, o mesmo não me atrevo a dizer da estação derradeira (não estou me referindo à Mangueira), onde, em vez de pegarmos a bagagem, deixamos a carcaça.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ninguém me Conhece: 57) Zebeto Corrêa, um banquete de alegrias

Não vou revelar a fonte, pois seria antiético, mas há algum tempo um jornalista de um dos maiores periódicos brasileiros revelou (com o gravador desligado) que o jornal no qual trabalha tem o compromisso maior com a novidade. Retruquei com as seguintes palavras: "[...] não concordo quando diz que um jornal como a X tem que buscar a novidade. Não, não e não! Um jornal como a X tem que buscar a informação... e a qualidade faz parte da informação, pois informar também é educar. E educar é formar -novos (e mais) e melhores leitores. Novidade quem tem que buscar são as revistas destinadas a leituras vespertinas em salas de espera. Diria mais: um jornal como a X, que tem poder de formar opinião, tinha que ser mais investigativo também no quesito musical. [...]".