domingo, 29 de dezembro de 2019

Crônicas Desclassificadas: 196) As aventuras de um apátrida no Século 19

Depois de um par de anos morando no Século 22, um dos países mais avançados daquele pequeno e periférico planeta, o apátrida resolveu visitar sua ex-pátria, a colônia Século 19, que outrora fora um país conhecido pelo nome de um pau. Lá chegando, ainda no aeroporto, já ao passar pela polícia federal e soltar alegremente um "boa tarde", recebeu de volta um nada multiplicado ad infinitum. Ou seja, nem mesmo um olhar de reprovação ou um resmungo cansado. Nada! Aliás, uma mão que tinha vida própria se estendeu em sua direção e, por sua vez, dois dedos dela também adquiriram vida independente e lhe fizeram um movimento de vaivém que o fez perceber que devia entregar a eles seu passaporte. Welcome to Brazil, Mr. Apátrida.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Os Manos e as Minas: 34) Meus três salvadores no Japão (parte 1) — A bênção, Afonso Padilha!

Acho que a maioria de vocês já sabe que sou cearense. Falsificado (cresci em Sampa City), mas cearense. O importante não é onde ficava meu CEP, muito menos onde fica agora (Tokyo, Japan... quer dizer, 日本の東京 — creu n'eu, papudo?), mas sim o sangue que corre em minhas veias, esse misturado com baião de dois, rapadura, farinha, carne de sol e sol bagarai (refiro-me ao astro-rei, visto que lá nos cafundós de Senador Pompeu chuva é algo quase tão raro quanto neve). Assim sendo, sim, sou um cabra engraçado. É lugar-comum dizer que todo cearense é engraçado? É, mas que culpa tenho eu se é verdade? O cearense é engraçado até involuntariamente; até aqueles sem-graça são engraçados. Deve ser uma questão de genética, sei lá...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Notícias de Sampa: 24) Lançamento de "A Confraria dos Mascarados"

Depois de dois anos longe de casa, foi com imensa alegria que reencontrei os amigos do peito dia 22 último no lançamento de meu novo romance. Entretanto, percebi um tanto frustrado que não tô com essa bola toda, pois achei que após esse longo período minha presença em solo pátrio iria mobilizar mais gente nesse evento, mas não foi o que aconteceu. Entendo que os tempos são outros e que a galera anda um tanto dispersa mesmo, mas minha expectativa era a de ver mais amigos. Como as férias passam num piscar de olhos e semana que vem já volto pra Terra do Sol Nascente, aproveito pra encarecidamente convidar aos que não foram ao primeiro lançamento a que prestigiem o próximo, que já vai ser como uma espécie de bota-fora.