Engraçado, o velho Cazuza dizia que queria uma ideologia pra viver, mas atualmente tenho visto muito artistas terem seu talento espinafrado justamente por ter uma. E isso acontece dos dois lados. Do lado de lá, por exemplo, já li muita gente recomendar que parassem de ouvir Chico Buarque, porque ele é um petralha e tal. Da mesma forma, os de esquerda costumam relativizar o talento de gente como Fagner e Roberto Carlos (pra não falar em Lobão, Roger & cia.). Acho isso um perigo, além de ser desrespeitoso com a obra da pessoa criticada. Vejamos: por que Carlos Vereza é um lixo e Osmar Prado é um gênio da raça? Por causa de seu pensamento político? E se invertêssemos os sinais? Daí o primeiro é que seria gênio e o segundo, lixo? Percebem a cilada em que caímos?
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
Minhas Top5: 5) O tempo não para e no entanto Caetano nunca envelhece
Pra começar 2020 com o pé bom, o esquerdo (com o qual sempre entro nos aviões), resolvi, como primeira publicação do ano, tratar de música e homenagear o bom e velho Caê, que continua produzindo a mil, compondo belas canções e gravando discos incríveis. O que, convenhamos, dificulta meu trabalho de escolher apenas cinco dele. Em minha defesa, alego que as melhores de Caetano variam de tempos em tempos. Como sua obra é extensa e de grande qualidade, sempre há aquela que em determinada época gruda em nossos ouvidos e não sai nem com reza. Resolvi, portanto, trazer pra cá cinco que pertencem a momentos (meus) diferentes, mas que, cada uma a seu modo, marcou profundamente minha trajetória de ouvinte e, por que não?, de compositor também.
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