O colega Miyage, que, além de químico, professor universitário e músico, tem um interessantíssimo blogue em que heróica e diariamente escreve sobre música brasuca (este: 365 canções brasileiras), desafiou-me a não deixar a peteca desta coluna cair. Aceitei o desafio e cá estou, iludindo (mesmo sem ter o dom).
No Brasil parece que não, pois estamos sempre atrasados quando nos comparamos a outros povos, mas em geral com o passar do tempo o mundo melhora, a civilização avança, as pessoas mudam e com elas seu comportamento. E os compositores, assim como os escritores, cronistas e quetais, têm sido repórteres de sua época. Tá, nem todos, claro, mas grande parcela deles (a mais significativa, eu diria). Por essas e outras é que não podemos simplesmente criticar inconsequentemente certas obras sem entender o contexto social do momento em que foram criadas.
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