domingo, 16 de fevereiro de 2014

Grafite na Agulha: 20) Alucinação de Belchior

A colaboradora desta semana, Helena Tassara, me deixou muito feliz... e até com uma pontinha de inveja. Feliz porque o cara sobre quem ela escreveu vinha merecendo há tempos um texto desses, que tratasse com carinho e inteligência sua obra, que anda um tanto ofuscada por suas escolhas pessoais/profissionais. Já a pontinha de inveja é justamente porque EU gostaria de ter escrito a respeito dele, pois o considero um dos artistas mais importantes de nosso cancioneiro, por sua originalidade, sua voz única e suas canções deliciosamente poéticas e pungentes. Ah, e, além do mais, ele é cearense, como eu, o que dá aquele tolo orgulhozinho bairrista. Claro, refiro-me a Belchior.

Já com relação a Helena, trata-se de uma mulé dona de um currículo tão extenso, que vou ter que o resumir, senão vira outro texto. Ela é socióloga, cineasta, pesquisadora, doutora e pós-doutora em Ciências da Comunicação, anda há 30 anos envolvida em projetos culturais dos mais variados e, entre tantas outras atividades, na atualidade está dirigindo o documentário de longa-metragem Vou tirar você desse lugar, baseado no livro Eu não sou cachorro, não – música popular cafona e ditadura militar, de Paulo César de Araújo (aquele da biografia de Roberto); e, de quebra, participa da realização do novo CD da cantora Vanusa, com produção de Zeca Baleiro. Ufa! Isso porque resumi! Mas vamos ao que interessa e deixemos que ela nos conte suas impressões sobre este maravilhoso disco do rapaz latino-americano. Já vou avisando que é leitura de légua e meia, mas vale a pena. Afinal, não é todo dia que belos discos são esmiuçados dessa maneira. A ele:


Alucinação de Belchior
Por Helena Tassara


Em 1976 eu tinha 15 anos e muitas convicções.

Eu sabia, por exemplo, que jamais me casaria no papel e que o que me ligaria afetivamente às pessoas seriam o amor e a vontade de ficar junto. Sabia também que os limites do meu mundo seriam muito mais elásticos do que o ambiente que a burguesia intelectual paulistana poderia me oferecer. Que o meu trabalho e o dinheiro que me traria a sobrevivência estariam ligados, de alguma forma, ao conhecimento e à divulgação da cultura e da arte populares do Brasil – música, cinema, teatro, literatura, poesia. Que eu estava apaixonada pelo futuro que tinha pela frente, mas vivia o meu presente com intensidade. Que eu gostava de cantar alto e adorava os cantores que cantavam alto, vozes que vinham do fundo do coração (acho que sempre fui um espírito brega enclausurado numa embalagem de boutique, mas isto é história para outro texto)Acima de tudo, eu sabia que não deveria ter medo de mudar de opinião e de testar minhas convicções. Ou seja, estava aberta para o novo e para o antigo.

Na casa de meus pais se ouvia muita música e de tudo: Erik Satie, Luciano Berio, Stockhausen, Os Mutantes, Tom Zé, Caetano Veloso, Nara Leão, Maria Bethânia, Chico Buarque, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Elizeth Cardoso, Cartola, Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, The Beatles, Jimi Hendrix, The Who, Janis Joplin, Astor Piazzola, Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Louis Armstrong, Bach, Vivaldi, Rimsky-Korsakov, Tchaikovsky, Ravi Shankar...

Aos sábados pela manhã, meu pai tinha o hábito de nos levar (a mim e a meu irmão menor) para um passeio pelo centro da cidade de São Paulo em que a visita às papelarias, livrarias e lojas de discos eram obrigatórias. E cada um podia escolher um livro e um disco novos. Para sempre, abençoado seja!

Foi em uma dessas ocasiões que comprei Alucinação, meu primeiro disco de Belchior. Acho que fui atraída pela capa psicodélica, de cores fortes em alto contraste: um close alucinado de um homem em transe que, com os olhos fechados, parecia sentir sangrar o peito, a um só tempo dramática e calmamenteÉ claro que não foi só o visual que me levou a escolher aquele disco: seu nome como compositor estava em evidência, uma aposta, uma nova estrela que começava a brilhar cujas mensagens ecoavam sem parar nos falantes do rádio e da televisão. Era um homem estranho, que carregava um nome bíblico e que vinha do “Norte” do Brasil – como era costume falar naqueles tempos. Mas de fato, ele vinha do Nordeste, precisamente do Ceará.

Não é preciso lembrar o grande sucesso que faziam canções como A Palo Seco, gravada poucos anos antes por Ednardo e por Fagner nos LPs O Romance do Pavão Mysteriozo (1974) e Ave Noturna (1975) respectivamente; Paralelas, gravada por Vanusa no LP Amigos Novos & Antigos (1975) e lançada em compacto simples no ano seguinte, estourando com centenas de milhares de cópias vendidas; Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais, gravadas por Elis Regina no LP Falso Brilhante (1976), lançado quase simultaneamente ao próprio disco de Belchior.

Ainda em 1976, aproveitando a carona de tanto sucesso, Belchior relançou seu primeiro disco – A Palo Seco (1973) –, que tinha passado quase despercebido na ocasião do lançamento e que, além da faixa título, também trazia Todo Sujo de Batom. E eu, lógico, comprei meu segundo Belchior (que era o primeiro) no passeio da semana seguinteNesse caso, não sei ao certo quem veio antes, o ovo ou a galinha. O fato é que eu já conhecia algumas faixas daquele disco na voz de outros artistas, mas nunca tinha ouvido Belchior cantar.

Ao chegar em casa, coloquei Alucinação para tocar na vitrola portátil que tinha em meu quarto (inesquecível porque ela era cor de laranja!). Enquanto escutava as dez canções do disco, faixa a faixa, lado 1 e lado 2, na ordem que o artista tinha planejado e na qual gostaria de ser ouvido, fui acompanhando as letras no encarte (sobre o qual vou falar no final deste texto), cantando junto, alto e bom somNo final da audição, dois fatos chamaram minha atenção:

Primeiro, todas as canções do disco eram de autoria exclusiva do próprio Belchior – letra e música. Não havia nenhuma parceria. Embora pertencesse ao grupo de cantores e compositores que despontou no início da década de 1970 e que ficou conhecido como o Pessoal do Ceará – cujos expoentes mais famosos, além dele mesmo, eram Fagner, Ednardo, Amelinha e Fausto Nilo (este, como letrista) – parece que, desde o princípio, Belchior foi uma espécie de lobo solitário. Tinha amigos, falava uma linguagem comum à sua geração, aparecia na mídia como integrante do grupo cearense, entregava suas canções para brilhar em outras vozes, mas falava por si só.

Em segundo lugar, confesso que estranhei a voz fanhosa – em outros tempos, a qualidade de sua voz teria sido um obstáculo para gravar um disco ou aspirar a uma carreira como cantor (foi o que aconteceu com Luiz Gonzaga, por exemplo, no início da carreira). Mas, na ocasião, a voz nasalada e forte de Belchior associada a seu sotaque indefinido de acento regional sutil me tomou de assalto: era diferente de tudo, não se parecia nem com o cantar baiano nordestino que eu já conhecia bem; nem puxava os “esses e erres” do linguajar carioca soberano na música popular brasileira da época; tampouco podia ser identificado com a minha língua paulista cantada, de influência italiana. Só sei que, aos meus ouvidos, foi um verdadeiro espanto. Penso agora que desde a adolescência eu já me deliciava colecionando vozes que me tocam a alma. Certamente a intensidade e a força com que ele vocalizava suas próprias letras facilitaram a compreensão dos conteúdos e ampliaram o impacto daquela novidade em minha vida.

Logo na canção Apenas um Rapaz Latino-Americano – a primeira faixa do lado 1 –, Belchior faz uma advertência aos desavisados: “não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve, correta, branca, suave, muito limpa, muito leve/ sons, palavras, são navalhas, e eu não posso cantar como convém sem querer ferir ninguém.” Esses versos trazem um sentido semelhante aos versos finais de A Palo Seco (do disco anterior): “eu quero é que esse canto torto feito faca/ corte a carne de vocês.” Era um aviso claro: mesmo que você goste de mim, saiba que eu não estou aqui para facilitar sua vida, eu quero te incomodar, te provocarOu seja, logo de cara, como uma carta de princípios ou um manifesto, Belchior definia o seu modo de cantar a poesia e entender a música: armas doces, quentes e poderosas, instrumentos de transformação que faziam sangrar a carne. E era bem isso o que eu sentia ao ouvi-lo cantar. Tudo se encaixava perfeitamente, indo ao encontro dos anseios de meus jovens ouvidos, adolescentes e rebeldes.

Para completar, o conteúdo denso de seus versos vinha repleto de referências e de citações. Os arranjos me soavam sofisticados, uma polifonia com múltiplos instrumentos e vozes. Os ritmos quebrados eram pontuados por viradas radicais, que iam e voltavam com grande liberdade narrativa. Os arroubos sonoros eram intercalados por momentos de suavidade e calmaria. Nem sei se, àquela altura, eu era capaz de me dar conta de tudo o que estava por trás daqueles sons e palavras, só sei que ouvi e gostei muito. Era diferente de tudo a que eu estava acostumada.

Helena
Logo notei que as letras, complexas, muitas vezes apresentavam construções com imagens quase surreais, que invertiam a lógica natural das coisas e subvertiam a linearidade do tempo. Como, por exemplo, no trecho em que o “rapaz latino-americano sem dinheiro no banco” suplica ao ouvinte: “mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar/ mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso e não posso faltar/ por causa de você”. Aqui, ao mesmo tempo que desafia a plateia para um duelo, Belchior atesta que sabe e precisa da aprovação de seu público para poder seguir existindo. É como se ele perguntasse, falando diretamente para quem o ouve: afinal, você gosta ou não gosta de mim? Mais do que isso: você gostará de mim em qualquer circunstância, independentemente do que eu fizer e como cantar?

Ou ainda, no trecho em que o “sujeito de sorte” diz que, “apesar de muito moço, se sente são e salvo e forte” e que, embora “tenha sangrado demais e chorado pra cachorro”, ele se sente aliviado. Para finalizar professando uma impossibilidade temporal que até hoje me cai muito bem quando é preciso virar a página após uma fase ruim: “no ano passado morri, mas esse ano eu não morro!” Como se fosse possível reverter o passado.

Lendo as letras e ouvindo as canções para escrever este texto, percebo agora que, talvez, o tema recorrente sobre o qual versam as canções de Belchior em seus primeiros discos seja justamente o espanto frente à relatividade do tempo vivido e por viver. O frescor da juventude apontando para o futuro e lutando contra os laços do passado. A vontade de se libertar das raízes brigando com a necessidade de tê-las bem sólidas, sob os pés, para poder criar e seguir o novo, de novo. São cenas de um artista jovem, vendo o passado, o presente e o futuro simultaneamente, sentindo a dança natural das coisas do mundo indo pra frente e voltando pra trás. Belchior usa suas canções para expor uma tese sobre a vida e sobre o tempo, como um filósofo que argumenta sobre um paradoxo de emoções, ideias, princípios e desejos.

Sem saber, eu sonhava com os paradoxos que essas canções traziam e gostava do desafio de pensar sobre eles. Apesar disso, quando eu me colocava no lugar do protagonista, muitas vezes permanecia um sentimento de estranheza e um certo desconforto em relação à questão do tempoPor exemplo, quando ouvia Belchior dizer trago de cabeça uma canção do rádio em que um antigo compositor baiano me dizia/ tudo é divino, tudo é maravilhoso!/ Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho/ papo, som dentro da noite e não tenho um amigo sequer/ que ainda acredite nisso, não/ tudo muda e com toda razão...”. Essa frase me intrigava muito porque, àquela altura, o compositor baiano ao qual ele se referia não me parecia tão antigo assim. Na verdade, eram dois compositores baianos (Caetano Veloso e Gilberto Gil) e a mensagem da canção Divino Maravilhoso (1968), que eu escutava nos discos de meu pai na voz de Gal Costa, estava bem fresca na minha memória. Afinal, enquanto eu ainda acreditava que tudo era divino e maravilhoso, Belchior chegava para me dizer o contrário, levando minhas convicções para um terreno movediço e inseguro.

Além disso, eu pensava: como podia ser que eu, tão jovem, já fosse velha a ponto de me lembrar da canção de um compositor “antigo”? Como era possível concordar que aquilo “que há algum tempo era jovem e novo” se tornara velho tão rápido e que já era tempo de rejuvenescer? Como fazer para manter o espírito de rebeldia e de luta se tudo já tinha sido feito? O que fazer se não nos restava nada mais a não ser “viver como os nossos pais” e ficar “em casa... contando o vil metal”? O que fazer com as velhas roupas coloridas do passado que ainda estavam no armário?

A roda da vida girou naturalmente e eu fiquei sem resposta para muitas das minhas perguntas. Mas para Belchior a vida que se seguiu na esteira do sucesso parece que foi bem mais complicada. O tempo passou rápido, vieram as mudanças que suas canções antecipavam. E ele simplesmente pôde atestar que nada era divino, nada era maravilhoso, nada era sagrado, nada era misterioso. Não.

Por incrível que pareça, apesar de toda a sua inteligência, erudição, criatividade, e de seus talentos múltiplos – qualidades que só vim a conhecer muito mais tarde, ao conversar com pessoas e amigos que o conheceram e que tiveram a grata oportunidade de conviver e de trabalhar com ele, como a cantora Vanusa –, no meio do caminho alguma coisa aconteceu e Belchior desapareceu*. Parece que ele se esqueceu de que no mundo real, onde eu continuo acreditando que, apesar dos pesares, tudo é divino e maravilhoso, tudo é também muito perigoso.

De nada importam seus motivos, sejam eles prosaicos ou semelhantes a um roteiro de folhetim policial. O único fato real é que, hoje, quase 40 anos depois do sucesso extraordinário de Alucinação, as canções de Belchior permanecem na memória afetiva e musical de centenas de milhares de brasileiros, fazendo o mesmo sentido que faziam antes, talvez mais. Pelo menos para mimPublicamente, no entanto, o que sobrou foi como a realização de uma profecia que ele mesmo escreveu e cantou sobre seu próprio destino: “não se preocupe, meu amigo, com os horrores que eu lhe digo/ isto é somente uma canção, a vida realmente é diferente,/ quer dizer, a vida (ao vivo) é muito pior!”

PS. Antes de começar a escrever este texto fui em busca de meu exemplar de Alucinação comprado numa manhã de sábado em 1976. Ele estava na casa de meus pais, junto com vários outros antigos discos de vinil – Fagner, Ednardo e Amelinha, entre tantos, provas irrefutáveis das preferências de meu passado musical. Qual não foi minha surpresa quando, dentro da embalagem (muito bem conservada, por sinal), eu me deparei com o enorme encarte do disco. No verso das letras, há uma ilustração alegórica de uma nota de dólar, trazendo o rosto de Belchior no centro e os dizeres “IN GOLD WE TRUST” e, em letras garrafais, “LÍRICAS”. Não me lembrava dessa imagem nem dos dizeres contidos nesse encarte quando decidi escrever sobre o disco de Belchior.

Coincidência ou mensagem do inconsciente, Líricas é o título de um dos mais belos álbuns da canção popular brasileira. De autoria do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro, o disco foi lançado no ano 2000 e teve uma reedição especial em uma temporada de shows no início de 2014 no Sesc Belenzinho de São Paulo. (ver texto de Léo Nogueira sobre o assunto, nesta mesma coluna do blog – aqui).

* Para quem quiser saber mais sobre o sumiço de Belchior, clique aqui.

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BelchiorAlucinação (1976 – Philips)

Lado A
1. Apenas Um Rapaz Latino-Americano
2. Velha Roupa Colorida
3. Como Nossos Pais
4. Sujeito de Sorte
5. Como o Diabo Gosta
Lado B
1. Alucinação
2. Não Leve Flores
3. A Palo Seco
4. Fotografia 3×4
5. Antes do Fim
(Todas as canções acima são de autoria de Belchior)

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Ouça O LP na íntegra aqui:



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25 comentários:

  1. Perfeito, Helena! É isso, no mínimo, o que causa a audição do Alucinação, disco pra mim fundamental da discoteca básica brasuca. Eu o ouvi recentemente, numa viagem de carro, e me espantei com o quanto fiquei emocionado. E ainda tem a história recente do sumiço do Belchior, de seus problemas com grana etc. Puxa, porque não pensei nisso antes?
    beijos à você e ponto pro Leozito por escolher postar o texto.

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    1. Querida amiga Helena,além de toda admiração que nosso convívio permite,fiquei arrepiada e altamente emocionada ao ler seu texto
      !Sendo eu a primeira cantora a gravar uma musica dele(Paralelas) e por sentir um vácuo deixado por ele no cenário musical,Adorei a forma lícita,limpa e linda de contar sua estória com ele!Um dia talvez eu consiga contar a minha!!Ele,tenho certeza gostaria muito de ler seu texto.Um dia?Quem sabe?Bjusss

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    2. que bom Vanusa! fiquei emocionada com você agora... beijo

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    3. Querida Vanusa, que honra te receber por aqui!

      Aproveito e deixo o convite: se se animar a contar a história que você mencionou acima – e me der a alegria –, eu a publico por aqui.

      Beijão do admirador,
      Léo.

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    1. É isso aí, Adolar! Temos de agradecer à querida Helena por nos motivar a reouvir esse precioso disco. Desde que ela me mandou o texto, tenho voltado sempre a ele. E tõ sabendo que a mesma coisa tem acontecido com outros leitores, o que me enche de alegria. Sinal de que o trabalho tá dando certo.

      Beijão,
      Léo.

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  3. Helena, obrigada pelas linhas maravilhosas da tua memória! Beijo

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    1. Maristela, grato pela visita. Volte outras vezes, pra conhecer outras histórias.

      Beijo,
      Léo.

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  4. Parabéns Leo, por convidar Helena para o Grafite na agulha!
    quanto ao texto, eu não sei bem o que é melhor, se o disco do Belchior ou a delícia de texto que Helena escreve.
    à Helena eu só tenho duas coisas a dizer:
    - você é de uma sensibilidade, bom gosto e escrita geniais.
    - na próxima encarnação, quero ser filha do teu pai! rsrsrs
    Parabéns a todos.

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  5. eita... que é muito bom ter fãs amigas... beijokas Izabel e Maristela!

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  6. Helena...É muito bom poder ler um texto tão bonito, tão sensível, trazendo de volta um artista, um ser humano igualmente sensível e bonito em seus trabalhos... Coisas assim nos faz seguir adiante aspirando dias sempre melhores... Obrigado... beijo grande... Lafaete

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  7. Ótimo texto. Eu também fiquei impactado pelo disco "Alucinação", quando foi lançado, e compartilhei das mesmas reflexões da Helena, à época. Acho que a lucidez desse disco, as provocações e desafios que ele propõe não tiveram paralelo na história da música popular brasileira. É intrigante como um autor tão genial tenha enveredado por uma vida pessoal tão tortuosa e enigmática. Obrigado, Helena, por me trazer de volta um pouco da inquietação que senti n meio dos anos 70, quando ouvi pela primeira vez essas canções tão originais.

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    1. Salve, Juca! Grato pela visita!

      Tenho cá pra mim que esses caminhos que Belchior escolheu trilhar têm a ver com suas canções. Ele era um filósofo (como dizia Caetano, em português é melhor filosofar em canção) e, como tal, deve ter sentido um baque ao perceber que, com o passar dos anos, a abertura política não nos melhorou muito (alguns de nós se tornaram mais velhos que nossos pais). Quer dizer, é mero achismo de minha parte. rs

      Abração,
      Léo.

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  8. Texto genial, perfeito, maravilhoso, nossa fiquei encantado, parabéns!!!

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  9. Muito bom. Sou dessa geração alucinada pela vida. Onde a poesia refletia a na pele o seu sentimento. Saudades do grande Belchior.

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    1. Valeu, Clóvis! Grato pela visita e pelo comentário.

      Abração,
      Léo.

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  10. Èguaa, que texto maravilhoso ,não sei o que é melhor se as músicas de Belchior ou as palavras usadas para definir esse cantor também maravilhoso.Me deliciei ao ler.Obrigada por você existir.

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    1. Olá, Nely.

      Agradeço em meu nome e no da Helena. Volte sempre.

      Abraço,
      Léo.

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