"Estou com medo. Sinto-me caminhando sobre um campo minado onde cada passo
pode ser meu último. Estou com medo de abrir a boca pra falar qualquer
coisa inofensiva e notar, de repente, todos os olhares de reprovação em minha direção.
Não deve estar sendo fácil hoje em dia a vida dos humoristas. Como
dizem, não há humor a favor; porém, atualmente, não é de bom-tom fazer
humor contra. Dá a impressão de que somos (incluo-me) atrasados, brucutus
insensíveis, machos obsoletos e desfalcados saídos da idade da pedra.
Sendo que quem está cheio de pedras nas mãos são eles, os perfeitos...
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Grafite na Agulha: 7) Vinicius/Toquinho – o disco que eu quero ter
Estivesse vivo dia 19 de outubro último, Vinicius de Moraes teria
comemorado um século de vida. Hipoteticamente falando, claro, pois,
vivendo como viveu, bebendo como bebeu e amando como amou, acho até que
durou muito. Mas o fato é que, graças a Deus, muito se falou do poetinha
nesses últimos dias. Porém, é bom que se diga: muito, mas não o
suficiente! A tevê, como sempre, ocupada com desimportâncias,
praticamente passou ao largo da data. Ainda bem que hoje, pra falar a
verdade, não precisamos dela mais pra praticamente nada. Visto que caiu em sua própria armadilha, deixemo-la lá, resolvendo os problemas
que ela mesma criou.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Trinca de Copas: 21) Nova dose tripla de Élio Camalle
Meu mano Élio Camalle não mudou só de CEP, afinal, mudancinha pouca é bobagem. Aproveitou a mudança e se mandou logo pra França, onde passa a maior parte do ano. Assim, como cada vez é mais raro vê-lo, tenho aproveitado estes meses em que ele tem dado novamente o ar da graça por aqui pra retomarmos a antiga parceria.
E, como sempre tivemos nossas diferenças, retomamos também as velhas tretas. Contudo, como acho que tal detalhe da amizade já faz parte dela indelevelmente, resolvi compartilhar com vocês três novíssimas canções de nossa lavra, oferecendo-as a ele, em sinal de paz... e amor:
E, como sempre tivemos nossas diferenças, retomamos também as velhas tretas. Contudo, como acho que tal detalhe da amizade já faz parte dela indelevelmente, resolvi compartilhar com vocês três novíssimas canções de nossa lavra, oferecendo-as a ele, em sinal de paz... e amor:
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Crônicas Desclassificadas: 106) Biografias ou A privacidade na Era da Exposição
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Cena de Fahrenheit 451 |
Claro que eu não ia deixar passar a oportunidade de meter minha colher nesse doce de leite que todo mundo tá provando, né ou não é? Só que, do alto de minha "leiguice", como não possuo capacidade/conhecimento pra entrar na questão legal, vou ao menos enfatizar o legal que é ter o privilégio/prazer de ler biografias. Sem querer ser redundante, todos sabemos que há biografias e Biografias. Há aquelas feitas apenas pra saciar a curiosidade mórbida do fã abelhudo, e há outras que resultam de um extenso, complexo e apaixonado trabalho de pesquisa. Ao passo que aquelas estão mais próximas da categoria autoajuda, estas possuem um grau de qualidade que as aproxima dos bons romances.
domingo, 20 de outubro de 2013
Grafite na Agulha: 6) Caminho de estrelas para o céu
O convidado desta semana do Grafite na Agulha é meu queridíssimo Fernando Cavallieri, um dos cantautores brasileiros mais relevantes da geração posterior à dos medalhões da emepebê (em minha humilde – e incontestável – opinião). Já escrevi sobre ele, pra ler basta clicar em... Cavallieri, assim, não preciso me repetir. Resta acrescentar, por ora, que Cava foi o primeiro até agora a ultrapassar as fronteiras da língua portuguesa em sua escolha. Bela aquisição ganhou nosso espaço. Vamos a seu bonito texto, pois!
domingo, 13 de outubro de 2013
Grafite na Agulha: 5) Caetano Veloso é foda!
Extra! Extra! Venho trazer boas novas! Ainda há vida inteligente... Não,
não, reconstruamos a frase (vida inteligente sempre houve): ainda há
coração pulsante na velha emepebê! E, quando digo pulsante, quero dizer,
obviamente, que pulsa. Sim, porque venho notando que, no que se refere a
grande parte dos discos dos velhos papas emepebísticos, tem se
instalado uma leseira ali. Seus gametas, como diria o velho e
indivisível Zé Ramalho, já não se agrupam mais em seu som. Mas
eis que de repente um tiozinho grisalho resolveu descer do (des)conforto
desse fusca (onde, segundo ele, só cabiam o próprio e mais uma meia
dúzia), tirar seus pés do riacho e pisar o solo escaldante de uma
estrada por onde ele havia tempos não passava mais.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Trinca de Ouro: 7) Adolar Marin Trio, Drê (+ Tavito) e Lucia Helena Corrêa (+ Élio Camalle)
1) ESSE
Existem canções que foram feitas pra determinado/a intérprete. Daí que, até que este apareça e as descubra, continuam aquelas ali, perdidas, à espera da voz que finalmente as irá cobrir de sons e sentidos (sentimentos)... e, assim, dar-lhes-á vida. Foi o que aconteceu com a Esse em questão. Certa vez tivemos um contato excelente pra encurtar caminhos ao envio de canções a Nana Caymmi, que estava selecionando repertório pra seu disco novo. Tendo tal oportunidade em mente, afiei meu eu lírico feminino e, em menos de dois quartos de hora já estava com a letra de Esse pronta. Liguei pra meu mano Élio Camalle e por telefone mesmo recitei-lha, enquanto ele a copiava do outro lado da linha.
domingo, 6 de outubro de 2013
Grafite na Agulha: 4) Olho de Peixe – Lenine e Marcos Suzano – CD
Juca Novaes é daqueles caras que agarram no gol, defendem na zaga
e ainda vão pro ataque. Quando o assunto é música, atua em várias
frentes: é cantor, compositor, pianista e violonista; criador da Fampop (Feira Avareense de Música Popular – um dos melhores festivais do país na atualidade); membro do quarteto vocal Trovadores Urbanos; manteve durante muitos anos uma dupla com o parceiro Eduardo Santhana; e, de quebra, é advogado com especialização em direitos autorais. Entre outras coisas. Escrevi a respeito dele no Ninguém me Conhece, pra ler, basta clicar em, claro, Juca. Temos algumas afinidades: ambos somos sagitarianos, gostamos de escrever, de Fernando Pessoa... e de Lenine!
Falando nisso, quando lhe pedi que escrevesse um texto tratando de algum
disco que o havia marcado, contou-me que já havia escrito um em seu
blogue (aqui) e me autorizou a utilizá-lo nesta coluna. Vamos a ele, pois:
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Joaquín Sabina en Portugués: 17) Denilson Santos e a versão de "La canción más hermosa del mundo"
O disco Dímelo en la calle, lançado em 2002, não correspondeu às expectativas dos fãs de Joaquín Sabina por um motivo muito injusto (fazer o quê, se a vida é injusta?): seu disco anterior, 19 días y 500 noches (1999), é considerado até hoje o melhor desse cantautor espanhol. Ok, Dímelo... não é um disco ruim, apenas nasceu depois do irmão gênio (não confundir com irmão gêmeo). E, quando um compositor dá o melhor de si num grande trabalho, dificilmente repete a proeza no seguinte.
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