domingo, 25 de novembro de 2012

Trinca de Copas: 14) Hermannd Coutinho, Lúcia Santos (+ Kana e Lis Rodrigues) e Marcio Policastro

1) BACANTE

Não é segredo pra ninguém a admiração que tenho pela poesia tão pessoal de Lúcia Santos. Foi ela, a poesia, a responsável pela amizade que veio depois. E assim, de modo a me sentir também seu parceiro, que acabei "terceirizando-a", ou seja, apresentei-a a parceiros meus, como Adolar, Camalle, Clarisse e Kléber, que tiveram o privilégio de musicar alguns de seus poemas (tô me repetindo, eu sei...).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cançonetas: 3) "A Flor do Meu Amor", por Kléber Albuquerque

Alguns amigos têm me criticado por deixar de lado a música, que é (ou deveria ser) o foco principal deste blogue, pra tratar de assuntos espinhosos (e polêmicos), como a política. A estes eu respondo: ora, meus caros, tudo é política! As relações humanas, sejam elas de foro privado ou público, estão impregnadas de política. Diria mais, viver é um ato político, a não ser que você seja um ermitão (e nesse caso não estará lendo agora as perfumadas abobrinhas expostas nesta feira virtual xispoemística). Portanto, e mais uma vez lembrando grandes bordões políticos, relaxem e gozem, sejam vocês alckmistas, lulistas ou outroístas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 60) De mensalão, ideologias, reforma política, voto vinculado etc.

José Dirceu (2º em pé, da esquerda 
para a direita) foi um dos 15 pre-
sos políticos soltos em troca da li-
bertação do embaixador ameri-
cano Charles Burke Elbrick
Foto: Reprodução
A página 2 da Folha de São Paulo de hoje praticamente se dedicou a espinafrar o PT, com tintas de deixar roxa a Veja! Meio que como uma edição do Jornal Nacional de dias antes das eleições, quando este dedicou cerca de vinte minutos de sua programação ao mensalão. O PT errou? Sim, errou. E está pagando o preço. Descobriu-se que o partido dos ex-barbudos não é constituído de santos, mas de gente feita do mesmo barro de onde saíram seus adversários.

domingo, 11 de novembro de 2012

Trinca de Copas: 13) Dose Tripla de Élio Camalle (+ Ana Paula Xavier)

Seguramente o cara com quem mais filosofei, briguei, bebi, discuti, compus, joguei conversa fora, ri (chorei?) e outros tantos verbos atende por Élio Camalle (em segundo lugar, pra evitar ciumeiras, vem outro camarada, Antônio Carlos, com quem fiz tudo isso, menos compor). Assim que, quando no começo deste ano ele se mandou pra uma temporada na França, sua ausência (como na canção de Chico César) se fez mais presente. Claro que ele deixou a meus cuidados seu pupilo Gabriel, mais uma coisa é uma coisa e outra coisa é algo completamente distinto.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 59) Mexericos dos candinhos

Eu nem era nascido, foi lá por meados dos anos 1960, quando a voz de Roberto Carlos ecoou nas rádios cantando "A Candinha vive a falar de mim em tudo/ Diz que eu sou louco esquisito e cabeludo/ Que eu não ligo para nada, que eu dirijo em disparada/ [...] Ela diz que eu sou maluco e que o hospício é o meu lugar/ Mas a Candinha quer falar [...]". Ao que me consta, Mexerico da Candinha (mesmo nome da canção acima) era uma coluna semanal voltada a fofocas de artistas numa revista chamada Rádio, na qual vez em quando sobrava alguma alfinetada na direção do Rei. E a coisa chegou a tal ponto, que ele teve que extravasar "dedicando-lhe" a supracitada canção.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 58) Outras danças

O historiador Eric Hobsbawm, morto recentemente, certa vez estando em Paraty disse à Folha, em tom de brincadeira, que por uma questão de sobrevivência decidira ser esperto quando se dera conta de que era muito feio. Não sou tão feio quanto ele (acho), embora infinitamente menos esperto, mas também tive que tomar algumas decisões. Nunca em toda minha vida conquistei uma única garota usando as pernas. Fosse numa danceteria, num show de rock, numa festa, num arrasta-pé ou mesmo num baile de grupo de jovens da paróquia... necas!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trinca de Ouro: 6) Dose tripla de Kana (+ Paquito D’Rivera)

Há alguns dias chegou o quarto CD da Kana, Em Obras. Ontem chegou o terceiro, Imigrante, com um atraso de quatro anos! Mas o importante é que chegou, agora oficialmente, e agora nosso, pois o compramos da Koala Records, de Vasco Debritto, que estava sem condições de lançá-lo. Pra comemorar, resolvi postar aqui uma canção de cada disco acima e mais uma, do Imitação, com suas respectivas histórias. A elas, pois:

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Entrevistando: 6) José de Abreu (por Alberto Pereira Jr.)

Sou do tempo em que artistas eram de esquerda. Sempre enxerguei a arte como uma ferramenta social capaz de, senão mudar o mundo, ao menos abalar um tiquim suas estruturas. Claro que arte é muito mais que isso, é algo muito complexo, caminha pelos labirintos do subconsciente. Uma arte, pra ser boa, não precisa necessariamente ser engajada. Contudo, quando o artista se posiciona à direita, é sinal de que algo vai mal. Ver, por exemplo, Caetano Veloso, que foi preso e exilado na época da ditadura, declarar voto em ACM Neto em Salvador é algo que frustra quem nele viu algo de revolucionário quatro décadas atrás. Conheço mesmo alguns artistas que se declaram malufistas (afe!)!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ninguém me Conhece: 69) Vamos liberar o pedaço pra Luiz Tatit


São Paulo, apesar de ser a capital financeira do Brasil, sofre de falta de amor-próprio, artisticamente falando. Os artistas daqui têm que sair Brasil afora pedindo perdão por serem paulistanos, afinal, aqui é o túmulo do samba, e Nelson Motta acha que temos... sotaque carregado (sou do Ceará, mas já vivo aqui há tanto tempo, que seria hipocrisia não me considerar paulistano... não o digo com orgulho)! Já falei aqui que, na realidade, quem tem sotaque carregado é estrangeiro falando português, brasileiro tem acento regional que identifica de onde ele é, e só.

sábado, 20 de outubro de 2012

Versão Brasileira: 2) "Libélula" por Kana

No mesmo dia em que acabou a novela Avenida Brasil (19/10) chegou o novo CD da Kana, Em Obras. Achei muito simbólica essa coincidência. Bom sinal. Fiquei duplamente feliz, pois estava um tanto incomodado com esse vício de noveleiro, a hora da novela era praticamente sagrada pra mim. Mas não fui o único, o Brasil inteiro se encantou com a trama, as personagens, os atores... Mas agora é bola pra frente, trabalhar esse CD e fazê-lo rodar o Brasil, se Deus quiser!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 57) O forte e o fraco


Há algum tempo escrevi um texto chamado João Pereira Coutinho e Eu, que, por sua vez, gerou outro de meu amigo Élio Camalle, O  Centro, escrito quando de sua estada em Paris. Este já de volta a Sampa, encontramo-nos algumas vezes e em mais de uma delas voltamos ao assunto dos textos. E o tema me pareceu tão assustadoramente rico, que me deu vontade de explorá-lo um pouco mais também por aqui. Claro que, a meu modo, não faltarão os exageros apocalípticos, mas é que a coisa me pareceu meio assustadora mesmo.