Casa das Rosas apresenta
o show O Fim do Mundo e Outras Eternidades
com Kana e Gabriel de Almeida Prado
dentro do sarau Chama Poética
cuja temática será Tempo & Movimento
organizado por Fernanda de Almeida Prado (que também apresenta e declama)
participação especial da poeta Raiça Bonfim
sábado, 21 de julho
às 19h
GRÁTIS
av. Paulista, 37
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Para a cantora japonesa Kana parecia o fim do mundo, mas não, era apenas o Brasil. Faz dezessete anos daquele dia até hoje, uma eternidade! Ela aprendeu português, estudou violão, viajou Brasil afora (e adentro), conheceu inúmeros outros ritmos que não a bossa nova, começou a compor, conheceu o letrista cearense Léo Nogueira e com ele fez tanta música e ganhou tantos prêmios em festivais, que a parceria só podia mesmo resultar em casamento! Gravou três CDs, lançou-os no Brasil e no Japão, conheceu o Clube Caiubi, virou parceira de outros compositores, como Élio Camalle e Zeca Baleiro, e o tal do mundo não se acabou!
Daí apareceu em sua frente, trazido por mãos do mesmo Élio Camalle, o grandalhão (e grande!) Gabriel de Almeida Prado, um jovem músico e compositor de 22, ôps!, 23 anos. Seria o fim do mundo? Não, era apenas o começo de outra parceria. Mas, anteriormente a isso, na pequena eternidade de Gabriel antes de ser apresentado a Kana, este havia trocado a flauta pela guitarra e esta pelo violão, de onde tirou não só os primeiros acordes, mas também as primeiras melodias... E também as primeiras letras, afinal, neto de poeta... Conheceu Kléber Albuquerque, que de professor passou a parceiro, Élio Camalle, que de parceiro passou a amigo, Léo Nogueira, que de amigo passou a parceiro e também passou-lhe algumas melodias de Kana.
Mas antes disso, um fim de mundo antes, enquanto Kana fazia shows por Japão, Itália e Paraguai, Gabriel dava os primeiros passos como cantor e instrumentista nos saraus organizados por sua mãe, Fernanda de Almeida Prado, o Chama Poética. E, enquanto Kana gravava seus CDs, ele burilava seu estilo apresentando-se pra mil pessoas no Festival da Palavra, na cidade de Assis! Achou que era o fim do mundo e que o show duraria uma eternidade. Mas sobreviveu a ambos, fim do mundo e eternidade.
Kana ia pro Japão e de lá voltava, ano após ano, enquanto Gabriel se apresentava em Sescs do interior e do litoral e em outros espaços culturais de São Paulo. O mundo seguia firme, entre um abalo e outro. As guerras, sim, existiam, mas só lá no fim do mundo. E Gabriel descobriu a casa de Kana e Léo e não saiu mais de lá. Cada ida, uma canção (às vezes duas). Um dia, estando lá mais uma vez, desta feita com Élio Camalle, Kana lhe mostrou a melodia de uma espécie de frevo russo (?). Ela deu o título: O Fim do Fim do Mundo. Não, não durou uma eternidade, não durou nem meia hora... Uns vinte minutos, vá lá, e a letra estava pronta, composta a seis mãos por Gabriel, Camalle e Léo.
Depois desse pequeno e, quiçá, premonitório sucesso, Gabriel não deixou de participar mais dos shows de Kana. Até que, outra pequena eternidade depois, amparados (e animados) pelo carro-chefe, foram convidados por Fernanda a dividir o palco num show, sim, este do título lá em cima, O Fim do Mundo e Outras Eternidades. Nele dividirão vocais, violões, Kana emprestará seu timbre a canções Gabriel, que, por sua vez, interferirá nas canções de Kana. Ou seja, vai ser um fim do mundo! Na pior das hipóteses, um deus-nos-acuda!
Não faltarão sucessos de ambos (entenda-se por "sucessos" aquelas canções que seus fãs cantam espontaneamente, às vezes até saindo do chão, mas sem jabá); Kana promete cantar Bye, Bye Japão (Kana e Léo), Balão (Doki Doki) (Kana, Camalle e Léo), O Amor Viajou (Kana e Zeca Baleiro) e outras eternidades. Gabriel tergiversa, faz catimba, quer esconder o jogo que nem alguns técnicos de futebol; avisa apenas que não terá como não cantar uma ou outra parceria com Kléber, Camalle... E Léo (senão este não libera a esposa pro evento). Ah, deverá cantar também alguma em parceria consigo mesmo, afinal ele é bom no gol e no ataque... Certeza, certeza mesmo, só O Fim do Fim do Mundo! O resto são eternidades...
Tudo isso sob a eterna batuta de Fernanda de Almeida Prado, responsável há anos por este sarau, que mescla música e poesia e já homenageou tanta gente, de Fernando Pessoa a Guimarães Rosa, de Charles Chaplin a Adoniran Barbosa; que já foi de haicais a sonetos; que já contou (e cantou) com Jean Garfunkel, Élio Camalle, Natan Marques, José Domingos... Afinal, enquanto o mundo não acabar, a chama (poética) de nossas pequenas eternidades continuará a arder no peito dos que amam.
...E quiçá também depois!
Sucesso ao projeto ! Super bonita essa apresentação, parabéns.
ResponderExcluirGratíssimo, Antonio Carlos!
ExcluirAbração,
Léo.
Oi.
ResponderExcluirCom certeza! não é o fim do mundo.... senão o começo.
Me gustó mucho el texto ! las dos historias paralelas y cómo concluyen, qué genial !!! me imaginé todo como viendo una película de aquellas en las que vemos lo que le pasa a dos personajes en sincronía pero en diferentes lugares y situaciones.... me gustó mucho!
Qué chévere!, en un mismo sitio música y poesía... me gustaría tanto ir ...
Muchos éxitos.
Saludos.
Gracias, Javier! Qué bien que te gustó la historia del texto. Su autor es muy buena onda, verdad? Jeje!
ResponderExcluirSaludos,
Léo.