Os anos não têm culpa do que fazemos com eles; portanto, quando dizemos que um ano foi terrível, nós é que fomos terríveis com ele. Há algumas exceções, e 2016 é certamente uma delas. 'Taqueopariu! O cara caprichou no bizarro, hem? Golpes, mortes, chacinas, tragédias, arrochos, desemprego, perdas de direitos... Afe! Paro por aqui antes de dizer que vou ir ali cortar os pulsos e já volto. Brincadeira, hem, seu 2016? O sr. foi tão fdp, que 2017 vai ter que fazer muita merda pra te superar! Mas a notícia boa é que se você está me lendo agora é porque conseguiu escapar das piores estatísticas. Portanto, temos motivos pra comemorar agora com música o definhamento deste miserento ano que não vai deixar saudades. Som na caixa, maestro!
Colunas
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Crônicas Desclassificadas: 182) Os pintinhos e as xoxotas de Clarice Falcão

sábado, 10 de dezembro de 2016
Crônicas Desclassificadas: 181) Cohen, Castro, Chapecoense...
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Notícias de Sampa: 20) Né? – um clipe de Kana
Vira e mexe, Kana desanima. Pensa: "Se o Brasil ainda não aprendeu a abrir espaço democraticamente nem pros tantos talentos filhos de seu solo, que dirá pra mim, que sou estrangeira e meio que penetra nessa 'festa'?" Já aconteceu mais de uma vez. Mas sempre ela encontra carinho e incentivo vindos dos mais variados lados. Em certa ocasião, ela ficou muito tempo sem sair, sem se apresentar, e um dia, quando Tavito me encontrou só no Caiubi, perguntou de cara: "Cadê a Kaninha?" Respondi-lhe que ela andava desanimada, pensando em jogar tudo pra cima e desistir da carreira. Tavito arregalou os olhos, segurou-me pelos ombros e sentenciou: "Diz pra ela que se ela desistir eu também desisto!" Dei o recado. Kana não desistiu. Nem Tavito.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Os Manos e as Minas: 26) Sander Mecca, desestruturando
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por Vanessa Curci |
domingo, 20 de novembro de 2016
Grafite na Agulha: 39) Falso Brilhante, de Elis Regina
Mais uma vez conto com a contribuição da talentosa (e generosa) pena de Helena Tassara em minha coluninha sobre discos. E Helena vem preencher uma lacuna que persistia ainda por aqui: a falta de um disco de Elis. Acrescento que não houve coincidência, este texto foi pensado pra ser publicado na semana em que estreia o filme sobre a cantora. Costumo apresentar aqui o/a colaborador/a, mas, como Helena é reincidente, deixo o link de seu texto anterior, pois lá estão informações sobre ela e deliciosa prosa a respeito do disco Alucinação, de Belchior (aqui). Antes de irmos ao texto sobre Elis, preciso avisar aos apressados que se trata de leitura pra fortes, pois Helena usou e abusou de seu talento de pesquisadora pra trazer pra cá um trabalho detalhista digno de constar de cadernos de cultura de jornais de primeira linha. Aos preguiçosos, sugiro leitura em conta-gotas, pois cada palavra escrita vale muito a pena. De quebra, fica aqui também como farto material pra futuros pesquisadores. Vamos a ele, pois:
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Crônicas Desclassificadas: 180) A história das gêmulas Lignina e Suberina
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
A Palavra É: 20) Septo
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Os poetas vemos uma borboleta; e você? |
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Entrevistando: 12) Zeca Baleiro no Na Minha Casa

quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Grafite na Agulha: 38) A lírica de Lira
Após um razoavelmente longo hiato, volto a dar um pouco de atenção a esta coluna – uma de minhas preferidas por aqui. Na verdade, gostaria de escrever mais sobre música e/ou literatura, que são as áreas que mais me interessam e apaixonam, mas nosso imenso paisinho tem o dom de me dar infelizes matérias-primas que me acabam levando por outros caminhos e, quando percebo, já estou completamente perdido num labirinto (nada a ver com o disco em questão) de assuntos que tenho que vomitar pra não deixar que virem enfermidades. Agora mesmo, enquanto escrevia, soube da prisão de Eduardo Cunha e fiquei cá comigo pensando em por que raios não o algemaram. Deu vontade de escrever algo, mas ainda é cedo. Não sei até que ponto é sério e até que ponto é teatro. Mas deixemos Cunha saborear sua nova residência e voltemos à música.
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Os Manos e as Minas: 25) Dylan – the answer is blowin' in the wind!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Ninguém me Conhece: 82) Folk na Kombi – nos levando em frente
Existem sujeitos que parecem ter nascido com o, digamos, traseiro virado pra lua. Tudo em que se metem acaba dando o maior pé. Meu querido parceiro Bezão sem dúvida nenhuma é um dos mais bem acabados exemplos desse tipo de sujeitos. Conheci-o há muitos anos numa das noites autorais do Clube Caiubi, quando ainda funcionava em seu primeiro endereço, na rua homônima. Nessa época, Bezão era um dos integrantes do Rossa Nova (que contava ainda com Juka e Xamã), um trio que fazia um som que poderia ser classificado como uma renovação do rock rural. Não à toa, era apadrinhado pelo saudoso Zé Rodrix, um dos expoentes (juntamente com Sá & Guarabyra) desse movimento musical que explodiu na década de 1970.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Esquerda, Volver: 11) Ladainha dos golpistas

segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Esquerda, Volver: 10) Por que eu sou Haddad
Aos 44 do segundo tempo, vim aqui deixar meu depoimento. Vale mais que retarde do que tarde demais. Eu, cearense filho de retirantes, que sempre fora reticente antes, que me sentia um invasor, um perneta penetra, enfiado na cidade-desamor pela uretra (abaixo), e eis-me aqui dando a letra, pensando "agora me encaixo!", metendo a caneta, sentindo-me cidadão, quase orgulhoso de ser paulistano por adoção, junto com meus manos de coração e de luta, todos filhos da labuta, crescidos na família perifa, onde o pau come e a PM grifa, e tome cacetada, cacetete, pro pivete e pra rapaziada. Americanópolis City, vizinha da Vila Clara, onde o diabo teve conjuntivite, o horror deu as caras, Deus perdeu o apetite, o menoscabo da burguesia ganhou CEP e geografia... e cada lobo que se estrepe.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Crônicas Desclassificadas: 179) O homem e seu toque – um Midas ao contrário

terça-feira, 6 de setembro de 2016
Crônicas Desclassificadas: 178) Os compradores de canções

quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Os Manos e as Minas: 24) Vander Lee – escrito no infinito

terça-feira, 23 de agosto de 2016
A Palavra É: 19) Gol

domingo, 14 de agosto de 2016
Crônicas Desclassificadas: 177) O traje do defunto

quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Entrevistando: 11) Max Gonzaga (por Adolar Marin)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016
A Palavra É: 18) Brisa
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De Vladimir Kush |
Assisti com prazer a Observar e Absorver, documentário tão necessário de Júnior SQL que me arrepiou a pele e me impeliu a jogar palavras mil na parede imaginária da rede. Mas, pra ser sincero, o que deu ímpeto ao lero foi um detalhe quase besta que me garantiu o talhe pra esculpir esta. Mas, antes, preciso não ser conciso pra explicar a grama em que piso, aliás, pisei, pra chegar aonde ainda não cheguei. Epa rei! E é até engraçado que o entrevistado desse documentário, um sujeito que de otário não tem nada e que se enquadra feito círculo num quadrado, tenha sido batizado com o nome de Eduardo, sobrenome Marinho, o mesmo dos donos daquela organização que tem a satisfação de rimar globo com fazer o polvo de lobo.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Esquerda, Volver: 9) O legado de Stalin
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Foto: Paulo Pires/GES |
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Os Manos e as Minas: 23) Dodô e eu, eu e Dodô
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Por Fernando Freitas |
sábado, 16 de julho de 2016
Crônicas Desclassificadas: 176) Eu, invasor de corpo ou A infância roubada
Sinto uma legítima inveja quando vejo algum barbado (refiro-me a um adulto; a barba aqui no caso é pura retórica) contar com riqueza de detalhes sobre períodos ou passagens de sua infância. Eu não vivi minha infância. Melhor dizendo, eu não me lembro de ABSOLUTAMENTE NADA de minha infância. Quando revejo velhas fotos, fico deveras assombrado ao ver aquele moleque que, dizem, eu fui em situações e locais sobre os quais não me vem a mais vaga lembrança. Pior, muitas vezes me autoengano, sugestionado por parentes que contam sobre esse ou aquele fato, e com tamanha familiaridade, tanta proximidade, como se tais fatos tivessem ocorrido ontem, que chego mesmo a acreditar que me lembro deles(!).
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Crônicas Desclassificadas: 175) Pra quem o escritor escreve?

sábado, 9 de julho de 2016
O X do Poema – 6 anos de teimosia
Neste 9 de julho novinho em folha, O X do Poema completa 6 anos de teimosia pura, ou pura teimosia; como prefiram. Quando comecei, vendo tantos blogues baldios por este quarteirão virtual, não sabia realmente por quanto tempo ia ter fôlego pra me dedicar a esse gratuito (porém prazeroso) ofício; mas os textos foram nascendo espontaneamente (em sua maioria), colunas foram sendo criadas, leitores, colaboradores e divulgadores foram dando o ar da graça, e assim o bloguinho chega a seu sexto ano de resistência muito bem, obrigado! Durante esse período, fui vendo também o ir e vir de leitores, o surgimento de desafetos (é, a sinceridade tem seu preço), a sempre bem-vinda chegada de novos parceiros... E posso também me gabar de não ter fugido de temas espinhosos; a nova coluna Esquerda, Volver tá aí e não me deixa mentir.
terça-feira, 5 de julho de 2016
Cançonetas (7) + Trinca de Copas (36): Fernando Cavallieri, Marcio Policastro e Pedro Moreno
1) CIDADE ABERTA
Há algum tempo, pensando em minha relação de amor e ódio com a cidade de São Paulo, compus um soneto duplo batizado de Soneto Paulistano, que acabou ficando engavetado por falta de parceiro afim. Só que, há algumas semanas, quando fiquei sabendo que o usurpador Michel Temer era o primeiro presidente paulista em 110 anos, resolvi, num dos tantos encontros da MPB Universitária no Garagem Vinil, recitar o bendito double soneto e "dedicá-lo" ao Temerário. Fernando Cavallieri, que estava presente no dia, gostou do poeminha e me pediu autorização pra musicá-lo. Poucos dias depois, já rebatizada de Cidade Aberta, nasceu a canção que ora divulgo em primeira mão:
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Trinca de Ouro: 11) Folk na Kombi, Iris Salvagnini e Sander Mecca
Há muito se fala no fim do CD físico. Eu, que sou da época do LP, do qual, admito, tenho saudades, posto-me como voz dissonante em relação a esse assunto. Sou favorável a tudo o que apareça pra facilitar nossa vida, mas ainda defendo a bolachinha (como defendi a bolachona), nem que seja apenas por questões afetivas. Contudo, a Terra gira, a vida segue e, como diz Zé Simão, quem fica parado é poste. Por isso, escolhi desta feita, pra tirar o pó desta coluna, três parcerias minhas lançadas (por ora) em plataformas digitais. Vamos a elas:
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Grafite na Agulha: 37) Ainda são tempos de canção

quarta-feira, 22 de junho de 2016
A Palavra É: 17) Geminianos

quarta-feira, 15 de junho de 2016
Trinca de Copas: 35) Adolar Marin (+ Gilvandro Filho), Clarisse Grova e Nando Correia
1) INCONTÁVEL
Há alguns dias, aniversariou meu mano Élio Camalle, o cara com quem mais filosofei, bebi, briguei, ri e compus (não exatamente nessa ordem, mas às vezes tudo isso ao mesmo tempo). Coincidentemente, perto do aniversário dele minha também parceira Clarisse Grova divulgou no fb uma canção dela em parceria comigo feita justamente em homenagem a Camalle. Então, resolvi trazê-la pra cá juntamente com sua história. Deu-se desse modo: há alguns anos, quando eu e Camalle (assim como hoje) vivíamos um período de afastamento, alguém divulgou nas redes sociais uma canção chamada Dia de Estrelas, dele em parceria com meu também parceiro Kleber Albuquerque – ouça-a aqui com o incrível Rubi.
sábado, 11 de junho de 2016
A Palavra É: 16) Morango
Uma pessoa amiga minha – que preferiu permanecer anônima (não sei por qual motivo) – me desafiou a escrever sobre uma fruta de minha preferência. Não vacilei e decidi tratar sobre o morango. Sou completamente apaixonado por essa fruta, e desde criança. Lembro que quando minha mãe ia me comprar um Nescau ou um Toddy eu sempre lhe pedia que, em vez do de chocolate, escolhesse o de morango. Já grande, me amarrei também na caipirinha dessa fruta. Pra mim, tudo com morango fica bom. Nunca experimentei, mas acho que posso comer morango até com farinha; no meio de uma feijoada, no lugar da laranja; ou mesmo como recheio de um pão francês. E percebam que nem citei a bolacha de morango, o iogurte de morango, o fondue de morango... Ah, e o bolo de morango, hem? E se for de aniversário então... hummm!
domingo, 29 de maio de 2016
Crônicas Desclassificadas: 174) Eu sou mais ela, sou mais Zélia
Fiquei sabendo pelas redes sociais que Zélia Duncan foi chamada de oportunista por um sambista que se sentiu ofendido ao ver, no Prêmio da Música Brasileira, o nome dela indicado ao lado do dele na categoria de melhor disco de samba. Na sequência, li a resposta que ela lhe deu na coluna que assina n'O Globo (leia aqui) e fiquei encantado com essa moça, com vontade de lhe tascar um beijo pleno de afeto e admiração. Aliás, diria que estamos afinados no que se refere à questão. Eu, por exemplo, sempre gostei de samba, mas odeio o "sambismo", da mesma forma que sempre gostei de rock, mas sinto particular pena daqueles que se reduzem a "roqueiros" ignorando que há uma infinidade de estilos musicais maravilhosos mundo afora dos quais abrimos mão ao nos autorrotularmos um "ista" ou um "eiro".
domingo, 22 de maio de 2016
A Palavra É: 15) Felicidade
Estava começando a escrever sobre o assunto do momento, cultura, agora que o presidente golpista tá brincando de tira e põe com esse ministério e alguns imbecis ainda vêm com aquele papinho de "nós não precisamos de cultura, precisamos de mais hospitais, de mais empregos; abaixo a Lei Rouanet; e blá-blá-blá e nhem-nhem-nhem e ti-ti-ti"; só que meu amigo Henrique Barros, que está à frente de uma revista eletrônica chamada Papel da Música, me pediu pra escrever umas linhas introdutórias sobre a canção que escolheu pra primeira edição, que é justamente A Felicidade, de Élio Camalle, então, inspirado pelo que escrevi pra ele, resolvi fazer um tricô por aqui entre esses dois temas, que, aliás, estão interligados: cultura e felicidade. Afinal, a felicidade plena só pode existir numa sociedade que leva a sério sua cultura.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Entrevistando: 10) Kana & Sander Mecca no Na minha Casa
O programa Na Minha Casa, de meu mano Adolar Marin, começou 2016 com o maior gás e já de cara trouxe dois artistas muito próximos a mim, Sander Mecca (parceirão, baita intérprete, visceral, "nervoso", enfim, total em cada nota; de quebra, também um inspirado, ainda que bissextamente, compositor) e Kana (minha japa do coração, charmosa, polivalente, toda empatia, cantora de timbre peculiar e compositora originalíssima). Portanto, eu não podia deixar a ocasião passar em branco, tinha que trazê-los pra cá, pra este espaço que, de uma forma ou de outra, se irmana com o projeto de Adolar.
segunda-feira, 16 de maio de 2016
A Palavra É: 14) Corrupção
Admito que a nova coluna de meu blogue, Esquerda, Volver, por motivos óbvios, tem ganhado mais atenção minha que as demais colunas. Mas constato isso com tristeza; preferia estar tratando mais de música, literatura, enfim, de assuntos do meio ao qual pertenço, só que os acontecimentos atuais ou me desmotivam a fazê-lo ou tornam tudo o mais coisas de somenos importância. Contudo, pra democratizar o espaço e deixar o desequilíbrio da balança um pouco menor, maquiei um assunto e o travesti de palavra pra trazê-lo pra esta coluna. Sim, caros, a palavra é a que está, aliás, tem estado na moda há pelo menos três anos: corrupção. E, mais, desde que Chico Buarque deixou de ser unanimidade em solo pátrio, é uma das poucas unanimidades por aqui. Ou seja, NINGUÉM é a favor da corrupção. Nem os corruptos (pelo menos em público)!
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Esquerda, Volver: 8) O luto e a luta
Tô puto. Num mato sem cachorro. Nem sei pra onde corro. Esta quinta-feira sem eira nem beira, 12 de maio de 2016 (tá bom pra vocês?), é um dia de luto. Dia em que os filhos da puta (piratas de gravata) tomaram a pátria à força (bruta) graças a mamatas entre os trutas, com a ajuda dos otários de amarelo e do elo com um judiciário salafrário, casa de demagogos de toga onde a justiça se afoga (a ferro e fogo) mudando a seu bel-prazer as regras do jogo. Essa liga da justiça de uma figa carece de heróis no lugar de caubóis fora da lei. Em terra de sócios, quem tem quadrilha é rei (onde foi que eu errei?). Quem tem filha que a tranque em casa, quem ora assume o poder é o caralho de asas.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Esquerda, Volver: 7) O que não queria magoar e o injuriado
"Eu sei que já faz muito tempo que a gente volta aos princípios/ Tentando acertar o passo, usando mil artifícios/ Mas sempre alguém tenta um salto, e a gente é que paga por isso/ Fugimos pras grandes cidades, bichos do mato em busca do mito/ De uma nova sociedade, escravos de um novo rito/ Mas, se tudo deu errado, quem é que vai pagar por isso?" Estes são alguns dos preciosos versos de Bernardo Vilhena sobre melodia de um compositor que não existe mais. A canção, atualíssima, chama-se Revanche, e o dono da melodia e que já não a canta faz um tempo se chama Lobão. Sim, aquele mesmo que preferia viver dez anos a mil a viver mil anos a dez na nervosa Décadence Avec Élégance; aquele da Vida Bandida; dos Canos Silenciosos; que puxava a orelha do (e na) Mano Caetano; que...
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Esquerda, Volver: 6) Fragmentos de "A desobediência civil" e outros textos de Thoreau
Certa vez, estava eu assistindo a um filme antigo (cujo nome esqueci) dirigido por Douglas Sirk, quando reparei que em uma cena a personagem principal folheou meio por acaso um livro que até então repousava sobre uma mesa. Sou muito curioso em relação a capas de livros; quando estou em algum transporte coletivo e vejo alguém lendo, dou sempre uma pescoçada (in)discreta pra ver o nome. Assim, congelei a imagem na cena em que apresentava um melhor ângulo da capa do livro em questão e li Walden, Henry David Thoreau. Anotei título e autor e mais tarde fui pesquisar a respeito. Descobri que o tal de Thoreau foi um polêmico estadunidense que viveu no século XIX e era um ferrenho crítico da escravidão, do ideal de viver em função do trabalho e, sobretudo, do american way of life.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Canções que Amo: 5) Novas canções de protesto, por Fernando Cavallieri (na voz de Karina Ninni); Kleber Albuquerque + Adolar Marin; e Max Gonzaga
Nossa democracia nem bem teve tempo de crescer e aparecer e já se depara novamente – em pleno século XXI! – com artifícios da direita, que nunca soube admitir a soberania do voto e os avanços sociais e busca camuflar um novo golpe travestido de processo legal. Trata-se, obviamente, de artimanha de uma corja que só atende a interesses próprios (e de quem a mantém, por supuesto). Em nossa mais recente ditadura (até hoje, porque, como gostamos de ditaduras, não será de causar espanto se cairmos no abraço madrasto de uma nova nos próximos dias), os compositores engajados nunca se deixaram calar e compuseram uma série de clássicos que, batizados de "canções de protesto", viraram verdadeiros hinos de resistência.
terça-feira, 26 de abril de 2016
Esquerda, Volver: 5) Em defesa do cuspe
Chegou o momento de o cuspe ter seus 15 minutos de fama. É um tal de cospe pra lá, cospe pra cá; e, como tudo o que tá na moda, o cuspe tem suscitado muita polêmica. Já há a turminha do pró-cuspe e a outra do contra cuspe. E eu, que nunca gostei de ficar em cima do muro e sempre procurei não passar ao largo do clamor dos mais fracos e oprimidos cuspidores, venho por esta me posicionar (salivar?) ao lado da galera da cusparada. Sim, porque o cuspe é a arma da impotência, é o digno desprezo da vítima ante um algoz mais poderoso e, não raro, injusto. O cuspe é o três-oitão do lutador pacífico, daquele que sabe que não pode contra o adversário, mas nem por isso se deixa subjugar por este. Não à toa, em espanhol cuspir significa escupir; porque cuspir não deixa de ser uma forma de esculpir.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Notícias de Sampa: 19) A música subversiva da nova MPB Universitária
O charmoso clube paulistano Garagem Vinil acolheu semana passada um show coletivo de artistas contra o golpe, que foi também marco inicial do novíssimo movimento musical MPB Universitária. Mais abaixo, um de seus membros – e seu mentor intelectual –, Edu Franco, explicará a que vem esse movimento (do qual também faço parte juntamente com Adolar Marin, Fernando Cavallieri, Kleber Albuquerque, Marcio Policastro, Marco Vilane, Max Gonzaga, Rica Soares, Ricardo Moreira e nossa musa/madrinha/produtora Solange Rocco... outros estão chegando); antes, contudo, aviso aos navegantes que nesta quinta-feira próxima, 21 de abril, não coincidentemente quando se comemora o Dia de Tiradentes, alguns dos membros do movimento sobem novamente ao palco do Garagem Vinil pra mais uma apresentação, que, ao que tudo indica, estará em cartaz nessa mesma casa em datas a confirmar. Se você estiver por aqui, venha prestigiar. Como disse o amigo Vlado Lima, não é necessário apresentar carteirinha da UNE.
sábado, 16 de abril de 2016
Esquerda, Volver: 4) O rumo dos ex-petistas
Eu, desde criança, sempre fui petista. Tive até um tio que foi candidato a vereador pelo PT. Ele não ganhou, mais tarde se desiludiu com o partido da estrelinha, pegou sua trouxa e se picou pras bandas de outros partidos. Importante frisar: outros partidos mais à esquerda que o PT. Ou seja, chutou o balde. E era justamente esse o ponto nevrálgico no qual eu queria tocar. Hoje, vemos um país dividido entre petralhas e coxinhas, tendo uma razoável parcela da sociedade sentada em cima do muro esperando a banda passar. E eu vim aqui hoje justamente conversar com você, meu amigo ex-petista. Eu também sou um ex-petista. Quem acompanha meu blogue sabe que, durante esses anos em que escrevo minhas inofensivas bobaginhas por aqui, tenho sido crítico ferrenho do governo petista.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Trinca de Copas: 34) Lalo Guanaes, Márcio Guimarães e Marcio Policastro
1) ANACORETA BLUE

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